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Cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia

17 de Fevereiro de 2023

Cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia, você sabia? Os dados são da Associação Brasileira de Sono - ABS, e foram divulgados no ano de 2021. Além disso, a Organização Mundial da Saúde - OMS destaca que aproximadamente 40% das pessoas em todo o mundo têm algum tipo de problema de sono.

Foto: Cottonbro studio / Pexels

E na visão do site SonoSeguro, o problema não se restringe a uma única faixa etária. Pois, desde crianças a idosos, qualquer pessoa pode apresentar insônia. Inclusive, até mesmo as mudanças da puberdade podem interferir na qualidade do sono.

Acompanhe:

Cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia, dados preocupam especialistas

A qualidade do sono dos brasileiros tem se tornado um tópico de discussão entre especialistas. É isso que apontam os dados da ABS divulgados em 2021. Pois, evidenciam que cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia.

Mas, não é só no Brasil que isso acontece. Afinal, em busca de melhorar essas estatísticas, o estado da Califórnia, nos Estados Unidos, aprovou uma lei que muda o horário de início das aulas. Agora, portanto, as escolas californianas do ensino médio são obrigadas a começar o dia letivo às 8:30 da manhã.

O motivo é que o sono também é afetado pelas mudanças trazidas pela puberdade. Ou seja, os adolescentes podem ter problemas de insônia e má qualidade do sono. Tudo devido ao seu processo de desenvolvimento natural.

E os problemas para dormir afetam diretamente o desempenho escolar. O que significa que os adolescentes que dormem mal podem ir mal na escola também.

Cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia em São Paulo 45% da população se queixa de problemas para dormir

O Episono, Estudo Epidemiológico do Sono de São Paulo, divulgado em 2010 nos ajuda a entender como esse problema afeta os brasileiros do Estado de São Paulo. Pois, demonstra que 45% da população Paulistana queixa-se de problemas para dormir.

Além disso, o estudo também demonstrou que:

  • 5% da população toma algum tipo de remédio para dormir pelo menos três vezes na semana;
  • 42% tem problema de ronco;
  • 15% sofrem de insônia crônica;
  • 24% tem problema de pesadelos durante a noite;
  • 10% dos paulistanos sofrem com apneia do sono;
  • E 10% também já foram até um médico para se queixar de insônia ou outro problema para dormir

Vale lembrar que esse estudo é realizado uma vez por década, e abrange o estado de São Paulo. Ou seja, esses dados são da última pesquisa empreendida pelo Episono.

Pessoas de qualquer faixa etária podem sofrer com a insônia, inclusive crianças

Cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia, e até mesmo crianças podem ser afetadas pelo problema. Porque, a insônia não escolhe faixa etária, afeta pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade.

Especialistas afirmam que boa parte da qualidade do sono é comportamental. Ou seja, depende de ter um lugar adequado para dormir e ter uma rotina adequada. O que inclui pouca iluminação. E no caso de crianças e adolescentes, não fazer da cama um lugar para brincadeiras.

Pois, permitir que a criança brinque na cama dificulta o processo de pegar no sono na hora de dormir. Já que a criança associa a cama a um lugar para brincar e fazer outras atividades. E o ideal é que esse espaço seja visto apenas como um lugar para o sono.

ABS defende alteração de horário para o início das aulas no Brasil

Os alunos do ensino médio no Brasil começam seu horário de estudo às 7:30 da manhã. Mas, embasado nas últimas pesquisas sobre a qualidade do sono dos adolescentes, o ABS defende a modificação desse horário. 

Segundo o Instituto Brasileiro do Sono os alunos deveriam iniciar sua jornada escolar às 8:30 da manhã da mesma forma que na Califórnia. Pois, isso favorece o desempenho escolar dos adolescentes e melhora as suas noites de sono.

E como os dados evidenciam que cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia, não há como negar que essa questão requer um pouco mais de atenção do poder público. Afinal, está diretamente relacionada à saúde e à qualidade de vida da população.

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