Donos são um casal de idosos. E a mulher possui problemas de visão. Eles já procuraram ajuda, mas não conseguiram nenhum auxílio.
Um cachorro enfurecido faz seus donos "reféns" dentro da própria casa. Segundo a família, o animal se mostra muito agressivo e está avançando em seus próprios donos e em quem chega à residência, que fica no Jardim Aeroporto 2, zona sul de Franca-SP. O problema é que os donos são um casal de idosos. E a mulher possui problemas de visão. Eles já procuraram ajuda, mas não conseguiram nenhum auxílio.
Casal é obrigado a ficar trancado dentro de casa por conta de cachorro agressivo | Foto: Dirceu Garcia/GCN |
O casal está dentro de casa sem poder, ao menos, sair ao quintal e ir ao supermercado desde o começo da noite desta quarta-feira. O cão é de porte médio e, segundo a irmã da moradora da casa, o animal é de raça indefinida, com cerca de 10 anos.
Maria Aparecida Bonifácio Barbosa, irmã da moradora da casa onde fica o cachorro, diz que o cão foi levado para casa pela filha do casal ainda pequeno, mas passou a ter comportamento estranho há mais de meses.
“Já faz cinco meses que o cachorro passou a ficar agressivo, quando ele mordeu em minha sobrinha. Desde então, ela levanta de manhã cedo e amarra o cão para minha irmã e meu cunhado poderem circular no quintal e fazer seus afazeres. Agora, o cachorro passou a ficar agressivo até com minha sobrinha”, conta.
Maria Aparecida conta que sua sobrinha não conseguiu prender o cachorro ao sair de casa para o serviço e os pais estão presos desde o começo da noite desta quarta-feira. “Minha sobrinha não conseguiu amarrá-lo hoje (quinta-feira) e eles estão trancados dentro de casa. Meu cunhado quer ir ao mercado, fazer alguma coisa, mas não consegue. Meu cunhado e minha irmã já são idosos. Ela ainda tem problemas de visão”.
A parente do casal disse que o animal é bem tratado e tem o calendário de vacinação em dia. “Minha sobrinha sempre cuidou dele desde quando ela encontrou o cão na porta de seu serviço e levou para casa, ainda pequeno. Ela pegava o cachorro no colo, dava carinho, mas agora não sabemos o que está acontecendo. Ele sempre foi bravo, latia muito, mas ficou numa situação complicada”.
A irmã da moradora no Aeroporto, de nome Maria Luiza Gonçalves, de 65 anos, disse que já procurou ajuda ao Corpo de Bombeiros e ao Canil Municipal, mas não foi atendida. “Minha irmã me ligou e pediu ajuda, mas já tentei de tudo”.
O diretor do Canil Municipal de Franca, Eduardo Garcia, disse que esse serviço de recolha ou ressocialização do animal é da responsabilidade dos próprios donos. “Nosso serviço de resgate é feito com animais em maus-tratos ou abandonados nas vias públicas. Como é um caso particular, os próprios moradores precisam acionar um veterinário para as providências”, disse Garcia.