Sintomas incluem febre, tosse e dificuldade para respirar; testagem deve ser feita em todos os casos de sintomas respiratórios, afirma especialista do CEJAM
Uma nova onda de Covid-19 tem sido observada em países da Europa e em alguns estados do Brasil. Duas novas cepas do vírus, a BG.1 e a XBB, que surgiram a partir da variante Ômicron, são potencialmente mais resistentes à vacina e têm crescido em circulação.
A subvariante, conforme as autoridades sanitárias, ameaça ser predominante entre o fim de novembro e o início de dezembro. No último dia 19 de outubro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) manteve o status da Covid-19 como emergência sanitária internacional.
Por conta disso, a infectologista Rebecca Saad, coordenadora do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", destaca a importância de a população se atentar aos sintomas, fazer o teste para confirmar uma possível infecção e seguir o acompanhamento adequado da doença.
Como a Covid-19 pode ser confundida com um resfriado comum ou uma gripe, ainda há dúvidas sobre como distinguir a doença e quando procurar ou não atendimento médico.
Conforme a médica, os principais sintomas da Covid-19 são febre, tosse e dificuldade para respirar. Ela ressalta, no entanto, que a população deve estar atenta a outras manifestações do corpo, como coriza, dor de garganta, congestão nasal, dor de cabeça, produção de catarro, dores no corpo, vômitos e diarreia.
O diagnóstico se dá por meio de um teste específico para a Covid-19, disponível nas redes pública e privada, além de farmácias e laboratórios. Dra. Rebecca defende que a testagem de pacientes com sintomas respiratórios deve ser feita em todos os casos.
"Sempre estimulamos a confirmação por exame laboratorial, mesmo para pacientes com sintomas leves e sem fatores de risco. Com o aumento no número de casos leves, as pessoas com risco de desenvolver um quadro grave ficam mais expostas”, explica.
Segundo a especialista, o paciente consegue ter um melhor tratamento quando diagnosticado corretamente, diminuindo as chances de evolução da doença para quadros mais graves.
Ela afirma que a vacinação continua sendo a melhor medida de prevenção contra a Covid-19. “As doses de reforço são importantes porque, sem elas, a proteção cai consideravelmente. E a gente observa que muita gente negligenciou essas doses (de reforço). Quanto maior for a barreira imunológica encontrada pelo vírus, mais dificilmente ele disseminará em uma população.”
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 399 milhões de doses foram aplicadas no País. Com isso, 91,5% da população tomou a 1ª dose e 85,8% estão completamente vacinados.
Para os casos confirmados, Dra. Rebecca ressalta a importância do uso de máscaras e do isolamento social por ao menos dez dias. “A flexibilização do uso de máscaras em locais fechados e com baixa circulação de ar deveria ser repensada pelas autoridades sanitárias. A máscara protege e continua sendo extremamente indicada para esses ambientes”, finaliza.
Sobre o CEJAM
O CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos, Peruíbe e Itapevi.
Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.