Coordenador do curso de Odontologia da Anhanguera explica como identificar os sinais da doença
Cigarro e o consumo excessivo do álcool podem provocar o câncer bucal/DIVULGAÇÃO |
A campanha Novembro Azul, de prevenção e conscientização sobre o câncer de próstata, estimula discussões a respeito da saúde do homem de forma geral. Na área odontológica, a preocupação em destaque é o câncer de boca -- o tumor maligno que acomete toda a extensão da boca é o quarto mais frequente entre o público masculino na região Sudeste, de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer). Os sintomas são dificilmente reconhecidos sem a ajuda de um profissional em suas primeiras fases.
De acordo com o coordenador do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, professor Marcelo Palinkas, hábitos comportamentais podem contribuir para a incidência de casos maior entre os homens do que entre as mulheres. Dentre os fatores de risco para a doença, o álcool e o tabaco são os que mais acometem a cavidade bucal e a falta de proteção solar provoca complicações nos lábios. “Os cuidados devem acontecer no dia a dia e a atuação do dentista é essencial na prevenção do câncer de boca”, alerta.
Muitos casos são diagnosticados em estado avançado, o que prejudica as possibilidades de recuperação. Segundo o Conselho Federal de Odontologia, os pacientes têm 95% de chances de cura quando o caso é descoberto em estágio inicial. Em quadros desenvolvidos, a porcentagem diminui para 45%.
CUIDADOS
Sinais alarmantes que precisam de avaliação de um dentista são: manchas e placas esbranquiçadas na língua, bochechas ou céu da boca, além de rachaduras nos lábios e lesões (aftas) que não cicatrizam por mais de 15 dias. A área do pescoço e a voz do indivíduo também precisam ser analisadas, uma vez que rouquidão e nódulos (caroços) podem indicar algum problema.
Os profissionais da área odontológica estão em contato direto com a cavidade oral da população e conseguem identificar problemas com rapidez. “As visitas ao consultório de um dentista precisam ocorrer com frequência mínima de seis em seis meses”, recomenda o docente da Anhanguera. Em casos de pacientes curados, que já passaram pelo tratamento, o intervalo diminui e o acompanhamento deve acontecer a cada três meses.