O médico explica como eliminar a gordura e manter o peso ideal sem dietas restritivas, mas apostando em novos hábitos.
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| Foto: Divulgação/Pixabay |
Perder peso é um desejo de quase metade dos brasileiros, de acordo com pesquisas recentes. No entanto, é comum que o esforço para emagrecer acabe se transformando em frustração por causa do chamado “efeito sanfona”. O problema ocorre quando, após uma dieta ou programa de emagrecimento, a pessoa volta a engordar. E, para além da questão estética, o efeito também pode causar outros prejuízos. É o que explica o cardiologista Dr. Leandro Franco, especialista em medicina integrativa, emagrecimento e hipertrofia. De acordo com ele, o “efeito sanfona” piora a saúde e dificulta a perda de peso sustentável, gerando ansiedade e até tendência à depressão, que fazem a pessoa desistir de tentar emagrecer novamente.
O especialista afirma que a chave para um emagrecimento saudável é fazer tudo gradualmente e se acostumando ao esforço, com dieta e exercícios de força. De acordo com ele, muitas pessoas emagrecem e voltam engordar porque tentam perder peso de maneira mais rápida e com menos esforço. “Se não usamos a musculatura e restringimos as calorias, o corpo queima os músculos para gerar energia. Por isso, quem emagrece rápido fica flácido e fraco”, detalha. Por outro lado, exercícios de força (como musculação) e dieta balanceada (com bastante proteína) estimulam o corpo a queimar gordura para gerar energia, já que os músculos estão sendo utilizados. A perda progressiva de massa muscular causada por dietas inadequadas também deixa o metabolismo cada vez mais lento, dificultando novas tentativas de emagrecer.
Diante desses fatos, Dr. Leandro Franco destaca a importância do acompanhamento médico para quem quer perder alguns quilos. Um profissional de saúde poderá explicar como será o processo, quais as dificuldades e erros mais comuns, além de dar dicas para evitá-los ou corrigi-los. A visita a um médico também é importante para garantir um tratamento individualizado. “É necessário identificar o tipo de fome e as dificuldades físicas e psicológicas de cada paciente para traçar a melhor estratégia de tratamento individual”, explica o especialista, que destaca que os pacientes podem ter hábitos muito diferentes. “Alguns têm mais facilidade com dieta; outros com exercício. Uns gostam de comida simples e fácil, mesmo que monótona; outros preferem maior variedade”, exemplifica.
A mesma lógica de orientação personalizada se aplica às medicações, que podem ajudar a controlar “tipos de fome” como distúrbios de saciedade, alterações hormonais e deficiências de vitaminas e minerais. “Emagrecer é um processo físico e mental complexo. As pessoas tentam facilitar pegando atalhos como remédios, fórmulas, e dietas da moda, mas acabam dificultando ainda mais o processo, conclui Dr. Leandro Franco”. “Fazer o básico bem feito é a chave para emagrecer com saúde e sem necessidade de mudanças radicais na vida”.
