Dr. Lucas Caseri fala da junção de alimentação, musculação, suplementação e uso de hormônios.
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Ganhar massa muscular é o objetivo de milhares de pessoas. Muitas buscam alcançar esse resultado apenas frequentando a academia ou mudando a alimentação, mas é preciso mais do que isso. O médico do esporte, Lucas Caseri, explica que é preciso unir treinamento físico, alimentação, suplementação e até o uso de hormônios.
“A musculação é o melhor treinamento para ganho de força e massa muscular. Esta modalidade de exercício permite o controle de inúmeras variáveis de segurança para pessoas mais velhas ou debilitadas, assim como a posição do corpo, as cargas, os intervalos de descanso, número de repetições e séries, diferentes exercícios para diferentes grupamentos musculares, e amplitudes de movimento adequadas a qualquer limitação de movimentos. Portanto, se algum exercício tiver que ser escolhido para máximo ganho de força e massa muscular, esta deve ser a musculação”, explica Caseri.
O fator alimentação também pesa para o resultado. O médico e fisiatra detalha que a quantidade de calorias consumidas e a composição de carboidratos, gorduras e proteínas precisam estar adequadas. “Para hipertrofia máxima (maximizar o crescimento muscular) é recomendável uma dieta também balanceada em micronutrientes. Portanto, vitaminas, sais minerais, antioxidantes e fitoquímicos que estão presentes em frutas, verduras e legumes. São fundamentais do processo de construção de músculos de forma mais saudável”, acrescenta o médico do esporte.
Para montar uma dieta é recomendado buscar uma nutricionista. A quantidade de proteínas variam conforme a idade e a realidade da pessoa. Para idosos, por exemplo, é acima de 1,2 g/kg de peso corporal, e as principais fontes são as carnes, leguminosas, soja, ovos, leite e derivados.
Vale alertar que em alguns casos a suplementação pode ser necessária, já que o consumo de calorias e macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) pode não ser suficiente apenas com a dieta. Para essa decisão podem pesar fatores como a incapacidade de comer adequadamente, intolerância a maior quantidade, ou preferência.
“A suplementação pode variar desde o uso isolado de alguma vitamina, mineral, antioxidante, até o uso de shakes proteicos (whey protein ou proteínas vegetais) ou hipercalóricos (adicionados também de carboidratos e gorduras)”, pontua o Dr. Lucas Caseri.
Outro ponto importante tanto para homens quanto para as mulheres é a manutenção de níveis adequados de hormônios anabólicos. O médico explica que a testosterona, por exemplo, é de fundamental importância para o ganho de força e massa muscular. “Inúmeros estudos são convergentes em apontar que o hipogonadismo (níveis baixos de testosterona) aumenta o risco de perda de massa muscular e massa óssea com o avençar da idade, além de dificultar os ganhos”.
Caseri ainda ressalta que na consulta médica depois de uma boa entrevista e exame físico, se julgado necessário, o médico pode solicitar dosagens de exames hormonais, e caso estejam alterados, proceder a reposição adequada, para maximizar os ganhos de força e massa muscular, como adjuntos terapêuticos para tratamento de doenças, saúde e qualidade de vida.
“A manutenção da força e da massa muscular com o envelhecimento ou na presença de alguma doença é fundamental, para garantir melhor aptidão física para realização de tarefas cotidianas e assim melhorar a qualidade de vida e longevidade. Para isso, o treinamento físico, a alimentação e suplementação, sono de qualidade, e manutenção de níveis adequados de hormônios anabólicos, são aspectos mandatórios, a serem abordados por um bom profissional ou em equipe multidisciplinar”, finaliza o médico do esporte, Lucas Caseri.