Além do exame para identificar se é menino ou menina, a gestante deve passar por uma série de avaliações para acompanhar o desenvolvimento da criança
Depois da descoberta da gravidez, saber o sexo do bebê é um dos momentos que mais mobilizam os pais. Embora a discussão sobre estereótipos de gênero ganhe alcance crescente, diversas famílias ainda esperam essa informação para, por exemplo, começar a planejar nomes e organizar o enxoval e o quarto da criança.
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A maneira mais comum de descobrir se um menino ou uma menina está a caminho é a ultrassonografia. Esse exame de imagem, contudo, só consegue detectar o sexo a partir da 16ª semana de gestação. Antes disso, as chances de erro são maiores.
Aqueles que querem uma resposta mais precisa antes desse período podem optar pela sexagem fetal, que pode ser feita a partir da 8ª semana. Além do menor tempo de espera, o exame de sangue é capaz de chegar a um resultado com precisão de 99% aproximadamente.
Existem, ainda, outros exames que se propõem a identificar o sexo do bebê, como o teste de urina. Este, por sua vez, não costuma ser indicado pelos laboratórios, por contar com uma taxa de erro maior.
É importante ressaltar que, além do exame para identificar o sexo do bebê, é necessário que a gestante passe por uma série de avaliações médicas ao longo da gravidez e faça consultas regulares com profissional de obstetrícia para acompanhar o desenvolvimento da criança.
No Brasil, seguindo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde orienta que sejam realizadas, pelo menos, seis consultas durante a gestação, sendo uma no primeiro trimestre da gravidez, duas no segundo e três no terceiro.
Sexagem fetal
Sexagem fetal é o exame para descobrir o sexo do bebê antes do ultrassom obstétrico. Por meio de uma coleta simples de sangue, o material é levado para uma análise a partir de biologia molecular, para identificar amostras de fragmentos de DNA e, então, descobrir se a criança é menino ou menina.
Conforme destacado por artigo do Programa de Pós-graduação em Genética da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), por meio do exame, é identificada a presença ou ausência do cromossomo Y que, se for detectado, significa que a mãe está grávida de um menino. Já a presença exclusiva de cromossomos X indica que uma menina está a caminho.
O exame dura cerca de cinco minutos para ser concluído, não há contraindicações e o único preparo recomendado é que a gestante esteja hidratada e alimentada no momento da coleta de sangue.
A recomendação é que a sexagem fetal seja realizada depois da 8ª semana de gestação, sendo a 11ª semana a ideal para conseguir resultados mais assertivos. Isso ocorre porque, quando a mulher está neste período da gestação, o número de células fetais encontradas no sangue é maior.
Quando realizado a partir da 8ª semana de gestação, a assertividade do exame é de quase 100%. A porcentagem pode ser menor no caso de pacientes que tenham recebido transfusão de sangue, já tenham transplantado um órgão ou feito fertilização in vitro.
Ultrassom morfológico
Por meio do ultrassom morfológico, é possível identificar o sexo do bebê e o estado de saúde do feto. Conforme laboratórios de medicina diagnóstica, o exame é feito a partir de ondas de som em alta frequência emitidas para dentro do útero.
Por meio delas, é feita uma leitura do feto, capaz de revelar os batimentos cardíacos, forma, posição e movimentos do bebê.
Além disso, o exame de ultrassom permite identificar a possibilidade de um aborto espontâneo, de gravidez ectópica e determinar a idade gestacional e a localização da placenta.
É possível ainda saber se há mais de um bebê na gestação e descobrir causas de sangramento pela gestante. A maneira como o exame é realizado não representa riscos para o bebê ou para a mãe. Vale lembrar que a ultrassonografia é diferente do raio-x e não utiliza radiação.
Diversos laboratórios afirmam que é possível descobrir o sexo do bebê por meio deste exame com precisão a partir da 16ª semana de gravidez.
Já segundo artigo publicado no portal Drauzio Varella, as grávidas costumam descobrir o sexo do bebê no segundo trimestre, entre 20 e 24 semanas, ao realizar a ultrassonografia morfológica, exame feito também para identificar má-formações fetais estruturais, como fenda labial e anomalias congênitas cardíacas.