Especialista explica como funciona a cirurgia e o pós-operatório do implante de cabelo
O transplante capilar é um dos procedimentos mais buscados para o tratamento da calvície, já que proporciona resultados naturais e satisfatórios, além de ser pouco invasivo e praticamente indolor. procura é tanta que, de acordo com uma estimativa da Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração Capilar (ISHRS), mais de 700 mil procedimentos do tipo foram realizados, no mundo inteiro, apenas em 2021.
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No entanto, dúvidas sobre o transplante de cabelo ainda são comuns entre os pacientes. É o que aponta o médico especialista em cirurgia de restauração capilar Diorivano Júnior, que esclarece alguns dos questionamentos mais frequentes sobre o assunto.
Ele explica que o transplante capilar pode ser realizado por homens e mulheres que apresentam calvície (alopecia androgenética) e áreas de cicatrizes (como de queimaduras), mas também por pessoas que desejam melhoras estéticas como para redução de testa, por exemplo. Além disso, o transplante também pode ser realizado para corrigir falhas na barba e sobrancelhas.
O procedimento redistribui fios da própria pessoa, sem criar ou implantar novos fios. Na cirurgia, são retirados folículos de áreas onde há mais cabelo (áreas doadoras) para depois colocá-los em áreas onde há menos ou não há fios (áreas receptoras). "Sempre temos o cuidado de utilizar os fios da área doadora segura, região onde as unidades foliculares não são afetadas pela ação do hormônio responsável pelo afinamento e queda capilar", explica Diorivano Júnior. Ele ressalta que, ao usar folículos resistentes à ação hormonal, o resultado será definitivo e duradouro. Ou seja: o cabelo transplantado não cairá se o paciente não desenvolver nenhuma doença no couro cabeludo (algo incomum).
Para realização do transplante capilar não há necessidade de ficar internado, já que o procedimento costuma durar de seis a oito horas. É realizada uma sedação leve associada a anestesia local. Assim, o paciente dorme durante toda a cirurgia, que se torna praticamente indolor. "Sempre pensando no conforto e segurança do paciente, o procedimento é acompanhado por um médico anestesista durante toda a sua duração", destaca Diorivano. Após o fim da ação anestésica, o paciente é liberado para casa.
O especialista acrescenta que o pós-operatório é bem tranquilo e também praticamente indolor. A maioria dos pacientes nem necessita de analgésicos. A recuperação tanto da área doadora quanto da receptora é rápida. Utilizando as soluções e óleos prescritos, as casquinhas que se formam após a cirurgia saem em sete a 14 dias. "Em uma semana o aspecto já é normal, como se o paciente apenas tivesse raspado a cabeça", afirma. A principal orientação para esta primeira semana de pós-operatório é não encostar na área onde os fios foram implantados. "Qualquer atrito nessa região pode retirar os fios colocados. Eles estão se fixando ao seu novo local", diz.
Assim, as recomendações são:
A partir do terceiro mês, o cabelo transplantado começa seu crescimento definitivo. De cinco a seis meses após o procedimento, os pacientes atingem, geralmente, de 50% a 60% do resultado final e começam a perceber uma mudança significativa. O resultado final é alcançado de 10 a 12 meses após o transplante. Depois que o cabelo transplantado iniciar seu crescimento definitivo não será necessário nenhum cuidado específico. "Ele se comportará como qualquer outro fio de cabelo", afirma o médico.
Dr. Diorivano Júnior esclarece que, em pacientes com calvícies avançadas, que apresentam áreas extensas sem cabelo, mais de um transplante pode ser necessário para entregar um bom resultado. Já nos pacientes com calvícies iniciais a moderadas, basta que o procedimento seja realizado uma única vez. O médico destaca, ainda, a importância do acompanhamento médico periódico para evitar a queda de cabelo em áreas não afetadas pela cirurgia. "A alopécia androgenética (calvície), uma vez que começa, é um processo evolutivo e progressivo, levando ao afinamento e queda dos fios", explica. "Temos um protocolo para que os pacientes mantenham seus fios não transplantados e evitem ou retardem ao máximo a necessidade de novas cirurgias".
Fonte: Dr. Diorivano Júnior | www.diorivano.com