Ele possuía dívida de R$ 500 mil, mas a família acredita que isso não tenha relação com o crime. Irmã da vítima espera que quebra do sigilo telefônico ajude a explicar o motivo do assassinato
Fuzilado quando deixava uma academia na cidade de Ribeirão Preto-SP, o empresário Luiz Cláudio Mazzuca Filho, de 35 anos, possuía dívidas no valor total de R$ 500 mil. De acordo com informações do portal UOL, o rapaz, que era dono de um bar e de uma loja de revenda de carros e pneus, fez duas aberturas de crédito em 2021 com a mesma instituição bancária, uma de R$ 300 mil e outra de R$ 200 mil.
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Empresário foi morto em Ribeirão Preto | Foto: Reprodução/Instagram |
A dívida nunca foi paga, e o valor chegou a ser cobrado judicialmente pelo banco. A irmã da vítima, Ana Cláudia Mazzuca, porém, acredita que o assassinato não tenha relação com o valor.
"Ele é empresário e trabalhava diretamente com o público. Acreditamos que ele fez os empréstimos devido à crise que a pandemia gerou. Em nada tem relação esse fator com o crime", disse. "As pessoas estão tentando desviar o foco para coisas que não fazem sentido."
Entenda o crime
A família tenta entender o que teria causado a morte de Luiz Cláudio. O empresário foi baleado por bandidos no dia 29 de setembro, e a polícia trata o caso como execução pela forma como o crime ocorreu.
Dois bandidos desceram de um veículo armados com um fuzil e um revólver e deram início a repetidos disparos na direção do caro de Luiz Cláudio, que não teve chance de se proteger. Depois, fugiram do local.
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Porshe de empresário morto periciado em Ribeirão Preto, SP, após tiros de fuzil e pistola | Foto: Divulgação |
"Muito se fala nas redes sociais sobre os possíveis motivos de terem executado o meu irmão, mas de concreto não sabemos nada e nem a polícia sabe ainda. O que sabemos é que com o acesso às ligações que ele fez e recebeu, novas pessoas serão chamadas para prestar depoimento", comentou Ana Cláudia.
Segundo a mulher, seu irmão era uma pessoa quieta e reservada, que não dava motivos para preocupação. Ela acredita que a quebra do sigilo telefônico do rapaz possa ajudar a família a entender o crime.
"Quem tem um fuzil em casa? Não sabemos se ele tinha alguma rixa na cidade, algum desafeto ou qual a motivação do crime. Não temos nem um norte sobre o que pensar nesse momento. Acreditamos que com a quebra do sigilo telefônico alguma pista possa aparecer a esperamos que, nos próximos dias, a polícia consiga nos dar respostas."