Uso de equipamentos de bronzeamento artificial com finalidade estética é proibido pela Anvisa desde 2009.
A DJ e dançarina Danny Albuquerque, de 24 anos, natural de Itabira, na região Central de Minas, sofreu queimaduras de terceiro grau após passar por uma sessão em câmara de bronzeamento artificial. A radiação atingiu glúteos, quadril, barriga, costas e seios da jovem. A mãe dela também sofreu queimaduras, de menor gravidade. As informações são do Hoje em Dia.
Dj Danny teve queimaduras de segundo e terceiro graus pelo corpo após procedimento | Foto: Reprodução/Redes Sociais |
Danny chegou a ser atendida no pronto-socorro do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, mas foi liberada e continua o tratamento em casa, fazendo exames e consultas com dermatologista.
A dançarina sofreu queimaduras devido a uma falha mecânica no cooler de resfriamento da câmara de bronzeamento artificial. O incidente foi registrado no último mês em Itabira, mas só ganhou repercussão recentemente.
As queimaduras já cicatrizaram, mas Danny Albuquerque está passando por um longo processo de remoção das manchas, e ela aproveitou para alertar seus seguidores nas redes sociais.
Queimaduras na pela da DJ Danny Albuquerque após procedimento de bronzeamento artificial | Foto: Danny Albuquerque/ Divulgação |
No Instagram, a DJ tem mais de 157 mil seguidores e publicou imagens e vídeos de todo o processo. Ela relatou que só percebeu que havia sofrido queimaduras dois dias após a sessão.
"Não foi algo de imediato, foi se agravando aos poucos. Só tive dimensão da gravidade quando recebi o laudo médico, quando fui no (hospital) João XXIII e a médica contou que tive queimadura de até terceiro grau", disse Danny.
Aos seguidores, ela afirmou que no terceiro dia após a sessão, começou a ter confusão mental, náusea, tontura, febre, vermelhidão, ardência, inchaço, dor e bolhas em alguns lugares do corpo que foram atingidos pela radiação. A jovem passou também por sofrimento psicológico.
Queimaduras na pela da DJ Danny Albuquerque após procedimento de bronzeamento artificial | Foto: Redes sociais/ Instagram |
"Eu fiquei assustada e travei, me tranquei e não quis falar com ninguém. Cada dia aparecia uma queimadura diferente no meu corpo e eu não sabia o que fazer", lembrou a dançarina.
A DJ contou que, após pouco mais de um mês desde o aparecimento das queimaduras, começou a fazer sessão de ozonioterapia para remoção das manchas, mas não deu prosseguimento porque foi informada que não surtiria efeito.
A dançarina prefere não identificar o nome da clínica responsável pelo procedimento, mas informou que está resolvendo o problema de forma pacífica com a esteticista que realizou a sessão de bronzeamento artificial.
A profissional relatou à jovem que um laudo teria identificado a falha na máquina, mas a DJ ainda não recebeu esse documento. A esteticista alegou ainda que a câmara teria passado recentemente por perícia técnica e manutenção.
Danny Albuquerque chegou a fazer um boletim de ocorrência por precaução, mas não deu continuidade à reclamação.
A jovem contou que está passando por um momento de sofrimento psicológico, já que trabalha com a imagem e teria deixado de receber propostas de trabalho. A DJ e dançarina recebeu indicações de tratamento com laser, mas está receosa se deve fazer. A única certeza é que nunca mais fará outra sessão de bronzeamento artificial. "Não vou fazer mais. Trauma!".
Procedimento proibido
Segundo o site da Sociedade Brasileira de Dermatologia, as câmaras de bronzeamento artificial são proibidas no Brasil desde 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A decisão de inibir o uso do equipamento ocorreu baseada em diversos estudos científicos que comprovaram os efeitos negativos dessas câmaras e o aumento do risco de câncer de pele.