Havia 70 pessoas na lancha e 30 foram salvas. Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon) diz que empresa não tinha autorização para realizar transporte intermunicipal aquaviário.
Uma embarcação naufragou na manhã desta quinta-feira (8/9), nas proximidades da ilha de Cotijuba, em Belém-PA. De acordo com as primeira informações, há pelo menos 14 pessoas mortas. O número de desaparecidos é incerto. As informações são do Metrópoles.
Embarcação naufraga em Belém e deixa mortos e desaparecidos | Foto: Redes sociais/Reprodução |
A Secretaria de Segurança Pública (Segup) e a Marinha confirmaram 14 mortes. Havia 70 pessoas no barco e 30 delas foram resgatadas ou conseguiram se salvar, segundo a Segup.
Os bombeiros procuram por 26 desaparecidos com apoio de mergulhadores. Ao menos nove embarcações e um helicóptero também são usados nas buscas. Às 13h30, a Perícia Cientifica do Pará ainda não havia sido acionada.
Segundo informações dos sobreviventes, mais de 80 pessoas estavam na embarcação que naufragou. De acordo com relatos, alguns passageiros ficaram presos no interior do barco e acabaram sendo levados para o fundo do rio.
Assista:
Momentos antes da embarcação afundar pic.twitter.com/Fi4SISP31v
— Belém Notícias (@BelemNoticiass) September 8, 2022
A embarcação fazia o trajeto entre a localidade de Camará, na cidade de Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, para Belém .O naufrágio ocorreu próximo à praia da Saudade na Ilha de Cotijuba, por volta de 9h30.
A lancha Santa Lourdes é da empresa M. Souza Navegação, que já havia sido notificada pela Arcon por operar sem autorização.
"A Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa) informa que já havia notificado a empresa responsável pela embarcação e comunicou a Capitania dos Portos sobre a irregularidade do transporte aquaviário que estava sendo realizado. A embarcação não possui autorização para realizar transporte intermunicipal aquaviário de passageiros junto ao órgão estadual e realizou a viagem partindo de um porto clandestino na localidade de Camará, Marajó", informou a agência em nota.
Em nota, a Marinha informou que "equipes de Inspetores Navais da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) e do Aviso Hidroceanográfico Fluvial “Rio Xingu” estão realizando buscas no local".
Após naufrágio na região de Belém, praia na Ilha de Cotijuba estava sendo usada para receber resgatados nesta quinta-feira | Foto: Redes sociais/Reprodução |
"Até o momento, há confirmação de 14 óbitos. A CPAOR irá instaurar Inquérito Administrativo para apurar as possíveis causas e responsáveis pelo ocorrido. A Marinha lamenta o ocorrido e informa que continua com as buscas no local", informou a Capitania dos Portos em nota.
Vídeos que circulam em redes sociais mostram relatos de algumas pessoas resgatadas dizendo que a embarcação afundou totalmente com pessoas dentro.
"A hélice parou no meio da baía [do Marajó] e o comandante alertou para ninguém se desesperar, mas a lancha começou a afundar do nada e as pessoas começaram a pular da lancha. Tinha muito idoso e criança na lancha", relatou um dos passageiros após se salvar.
A Secretaria de Saúde de Belém (Sesma) está prestando atendimento aos resgatados. "O Serviço Atendimento Móvel Urgência (Samu) está na área, por meio da ambulancha e das ambulâncias, ajudando no resgate das vítimas do acidente", informou em nota.
Segundo a prefeitura de Belém, os sobreviventes estão sendo levados à Unidade Básica de Saúde (UBS) da Ilha de Cotijuba e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Icoaraci e da UBS Marambaia, as duas na região continental da capital paraense.
*Matéria em atualização.