Criança de apenas 3 anos teria contado à família sobre abuso do avô. Depoimentos de parentes desencadearam investigação, que revelou vários supostos abusos ao longo de anos
A Polícia Civil de SP prendeu, ontem terça-feira (31/8), um homem de 67 anos, no bairro Ponte Rasa, na capital paulista, suspeito de, ao longo dos anos, ter abusado sexualmente de pelo menos três gerações da própria família, incluíndo irmãs, sobrinha e, agora, netas. Todas elas teriam sido violentadas quando eram crianças. As informações são do Yahoo Notícias.
Prédio da Polícia Civil em SP | Foto: Divulgação |
O caso é investigado pela 4ª Delegacia de Polícia de Repressão à Pedofilia da Divisão de Proteção à Pessoa, que efetuou a prisão e ainda apreendeu materiais que, suspeita-se, possam contar fotos e vídeos com pornografia infantil armazenados pelo investigado.
A identidade do suspeito é mantida sob sigilo pela Polícia Civil, mas foi apurada pela reportagem. Para preservar os demais parentes, será usado apenas seu primeiro nome, Gilberto. As investigações contra ele começaram após denúncia de que ele teria assediado, há cerca de 12 anos atrás, uma sobrinha, à época com 12 anos. Os parentes, então, começaram a ser ouvidos em sede policial e os relatos espantaram os próprios investigadores.
Em depoimento, membros da família contaram à polícia que Gilberto também havia abusado das próprias irmãs mais novas no passado, quando elas ainda eram crianças. Os investigadores, então, traçaram uma espécie de modus operandi do suspeito: apenas ataca vítimas que possuem pouca idade e, consequentemente, pouco discernimento.
Neta de 3 anos teria indicado abuso do avô
Na atual fase da investigação, a Polícia Civil tenta comprovar a materialidade de outros dois abusos sexuais supostamente cometidos por ele, contra suas próprias netas, de apenas 3 e 9 anos de idade. Segundo os relatos da família, a própria criança de 3 anos contou, "em linguagem infantil", ter sido vítima do avô.
Por fim, a polícia também apurou que o suspeito de pedofilia estaria armazenando imagens e vídeos de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes. A Justiça, então, acatou, além do pedido de prisão temporária contra ele, a apreensão de objetos eletrônicos, como computador e celular, que pudessem conter arquivos com pornografia infantil, o que já foi feito. O suspeito permanece sobre custódia e à disposição do Poder Judiciário.