Ao menos oito cães tiveram problemas depois de ingerir o petiscos caninos de uma mesma marca; três deles morreram.
Ao menos oito cachorros tiveram problemas de saúde depois de ingerir petiscos contaminados de uma mesma marca em Belo Horizonte. A suspeita é de intoxicação por etilenoglicol. Todos os cães são de pequeno porte e ingeriram petiscos da marca Bassar. Três deles não resistiram e morreram. As informações são do Yahoo Notícias.
Polícia investiga contaminação em petiscos para cães | Foto: Reprodução |
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. Uma perícia foi convocada para realizar análise de amostras do alimento.
Boa parte dos casos foi registrada em Minas Gerais. Ao tomar conhecimento do ocorrido, uma mulher de São Paulo, que perdeu o cachorro justamente após a ingestão do petisco, procurou a Polícia Civil mineira para denunciar o ocorrido.
"Os sintomas eram muito parecidos, a evolução muito rápida e aguda como foi com o meu pet. Então, eu entrei em contato com a universidade da UFMG e com a delegada do caso. Fui me instruindo, fui sabendo o que eu deveria fazer e entrei em contato com a empresa também", relatou a veterinária Júlia Mathias.
Em nota, a Bassar afirmou que nunca utilizou etilenoglicol em seus produtos e, ao tomar conhecimento dos casos, recolheu o lote para testes.
"Não sei se vai sobreviver"
O motorista Diego Carlos Dias viu seu cachorro ser um dos contaminados pela substância. Ele relatou o drama que tem vivido.
"Na sexta-feira, eu fiz a compra e dei pra ele. No sábado, ele já começou a apresentar vômito, diarreia e bebendo água. Eu peguei, corri com ele para o veterinário, que avaliou e falou: 'Internação agora'. Agora, ele está fazendo uma transfusão de sangue. Não sei se vai viver", relatou Diego.
Veja a nota emitida pela Polícia Civil na noite desta quarta-feira (31/8) na íntegra:
"A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou Inquérito Policial, em Belo Horizonte, para apurar denúncias sobre a morte de três cães e a internação de outros cinco, após terem consumido petiscos. No curso da investigação, a PCMG tomou conhecimento de mais um caso ocorrido no estado de São Paulo.
A empresa responsável pela fabricação dos petiscos será intimada e ouvida por meio de Carta Precatória. A Polícia Civil já realizou oitivas de tutores, veterinários e de um representante de estabelecimento comercial e tem realizado levantamentos em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A Polícia Civil aguarda a conclusão de laudos periciais para identificar a substância que possivelmente causou a morte dos animais e orienta, ainda, que caso haja outros casos as pessoas procurem a Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor, onde tramita o procedimento investigativo.
A unidade policial está situada na Rua Martim de Carvalho, 94 - andar térreo, bairro Santo Agostinho. Tão logo os laudos sejam finalizados e as apurações avancem, a imprensa será comunicada."