Se alguém ainda acha que o eSports é um negócio para o futuro, provavelmente não está acompanhando a realidade. De acordo com o relatório global da Newzoo, em 2021 os jogos eletrônicos movimentaram mais de US$ 180 bilhões em todo o planeta.
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A cada dia aparecem diversas empresas especializadas em diversos segmentos, como o Defense of the Ancients 2 (DOTA 2), Counter-Strike e o League of Legends (LoL), que hoje são alguns dos mais populares no Brasil.
Para Guilherme Oliveira, que é CEO da Rehl Esports - organização que trabalha com equipes especializadas que competem profissionalmente-, o mercado expandiu ainda mais na pandemia e vem atraindo cada vez mais jovens.
“Os jovens passaram muito mais tempo dentro de casa e buscaram se entreter de alguma forma, encontrando quase sempre o cenário dos games. Com isso, o mercado mundial de e-sports cresceu consideravelmente tanto em faturamento quanto em quantidade de adeptos ao mundo gamer”, explica.
Mesmo com o crescimento, ele acredita que ainda existem alguns empecilhos para uma abertura ainda maior do mercado de jogos eletrônicos no Brasil. Ainda em fase inicial, muitas organizações ainda encontram dificuldade de firmar parcerias que possam acreditar em um projeto a longo prazo.
Tentando driblar as dificuldades e se destacar, Guilherme acredita que o sucesso de um projeto vai muito além de ganhar campeonatos. O empresário conta que a chave está na visibilidade, principalmente com parcerias de influencers e streamers que podem fortalecer os jogadores e potencializar ainda mais as competições.
“Hoje a REHL já é uma potência em um dos principais jogos do cenário de e-sports, que é o Counter-Strike: Global Offensive. Atualmente para uma organização se destacar tem que ser muito além do "in-game". Marcas enormes como Loud, Los Grandes e Fluxo vêm se destacando trazendo visibilidade através de influencers e streamers”, revela.
Outra coisa importante é entender e acompanhar as tendências do público que acompanha as atualizações do eSports, pois o aumento da visibilidade faz crescer a necessidade de profissionalização tanto das instituições e players. Além disso, o trabalho para revelar novos jogadores talentosos também vem sendo feito, trazendo diversas ideias de incentivo que irão estruturar o mercado no país.
“Não brincamos de jogar vídeo-game. Organizações de eSports são entidades tanto como um time de futebol. Não é à toa que Corinthians, Flamengo, Santos e Cruzeiro têm formado equipes para entrar nesse mundo competitivo. Nossa missão é capacitar e dar a estrutura necessária para um jovem atleta realizar seu sonho de ser um gamer profissional”, finaliza.