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O aumento expressivo dos preços de roupas, calçados e acessórios impulsiona o mercado de Brechós

17 de Agosto de 2022

Só na Arena Baby houve um crescimento de 60% no volume de novas unidades

No mundo todo, cresce o número de pessoas que buscam cuidar, reparar e reutilizar roupas, aponta relatório recente da WGSN, consultoria internacional especializada em identificar tendências. Isso significa que há um grande contingente de indivíduos querendo economizar dinheiro e, consequentemente, preferindo reaproveitar seus pertences e recorrer a mercados de segunda mão.

O Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) projeta crescimento de 29,6% do volume de vendas dos brechós em 2022 e já estima que o mercado de roupas usadas pode ultrapassar o varejo de moda em 2024 e ultrapassando o valor do setor de fast fashion até 2030.

Quem já está colhendo os frutos dessa tendência é a franqueada da rede Arena Baby Brechó e Outlet Infantil, Tabata Souza de Oliveira, 32 anos, da unidade de Vila Ré (Zona Leste de São Paulo), conta que pesquisou vários setores de franquias e o setor infantil é um dos mais rentáveis. “Consegui faturar mais de R$ 25 mil no primeiro dia. Foram mais de 1.122 atendimentos nos primeiros 30 dias de operação e um faturamento superior a R$ 70 mil neste período”, enfatiza.

Segundo o Relatório de Revenda de 2022, da GlobalData, cerca de 41% dos consumidores procuram primeiro roupas de segunda mão quando estão comprando. Já entre a Geração Z e os Millennials este número sobe para 62%.

Os irmãos fundadores da Arena Baby Brechó e Outlet Infantil, Giovanna Domiciano e Flávio Thenório adaptaram este modelo bastante difundido nos EUA para poderem utilizá-lo no Brasil, focando como público-alvo bebês e crianças. O formato de compra na rede é simples: os clientes levam produtos que não são mais utilizados por seus filhos ou parentes e geram créditos em dinheiro para compra de outros produtos novos ou seminovos da loja. 

Só no primeiro semestre desse ano, a rede teve um crescimento de 30% no movimento de suas unidades. “Cerca de 70% das unidades já estão faturando igual – ou acima do normal – se comparado ao período pré-Covid. Uma das grandes vantagens do nosso modelo de negócio é a regularidade de resultados durante o ano inteiro”, pontua Flávio.

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