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Mãe passa mal e morre após saber que filho foi vítima de um acidente no RS

5 de Agosto de 2022

Albertina Bernardi Konageski, 84 anos, e Carlos Luis Konageski, 56, foram velados juntos

Uma mulher morreu em Ijuí-RS, no noroeste do Estado, horas após saber que o filho havia perdido a vida em um acidente de trânsito. Ambos estão sendo velados lado a lado, e o sepultamento será nesta quinta-feira (4/8). As informações são do GZH.

Albertina Bernardi Konageski, 84 anos, morreu nesta quinta-feira (4/8) | Foto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

O acidente ocorreu por volta das 16h de quarta (3/8), quando o caminhão conduzido por Carlos Luis Konageski, 56 anos, colidiu em uma carreta na RS-155, entre Santo Augusto e Ijuí. O veículo saiu da pista e tombou, batendo na sequência contra um poste às margens da rodovia.

Horas depois, já no início da noite, a informação sobre a batida chegou a Albertina Bernardi Konageski, 84 anos. A idosa insistiu em ir ver o filho, ansiedade que gerou um ataque cardíaco. Ela foi levada de imediato ao hospital, com uma das filhas tentando reanimá-la. Sem efeito. Albertina ficou internada durante toda a madrugada, mas morreu às 5h30min desta quinta.

A neta, Gabrieli Konageski, 20 anos, conta que foi criada pela avó. Elas estavam juntas no momento em que foram comunicadas da morte de Carlos.

— Ela era, na verdade, minha segunda mãe. Carinhosa, muito protetora. Tínhamos uma ligação forte. Só pelo olhar, ela já sabia que eu não estava bem — lembra a jovem.

O sepultamento da mãe e filho foi no Cemitério de Colônia Santo Antônio, localidade rural de Ijuí.

— O acidente já foi uma tragédia, um tombo quando chegou a informação. Nos perguntamos como falar para a dona Albertina. Hoje, quando ela morreu, foi um desespero total pra todos — diz Gelson Palharini, 50 anos, namorado da neta.

Muitas manifestações de carinho ocorreram na região, registradas pelas redes sociais e na casa dos parentes. Dona Albertina era católica, dedicada à religião e, de acordo com os amigos, prestativa e obstinada em agradar as visitas.

— Dedicada demais, deixa só boas lembranças — garante Palharini.

Carlos Konageski tinha quatro irmãos. Na boleia do caminhão, atuava desde 2010, calcula o ex-chefe, Loivo Cristiano Quadro de Jesus, 47 anos.

— Ele foi motorista por nove anos conosco, sempre atencioso e educado com os passageiros e colegas — relembra.

O motorista da outra carreta envolvida na colisão não ficou ferido.

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