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Mãe deixa bebê de 18 meses sozinha por seis dias para viajar com o namorado e a encontra morta

26 de Julho de 2022

O corpo da bebê foi encontrado no berço com uma mamadeira que tinha uma substância que ainda não foi identificada

Uma mulher de 37 anos está sendo acusada de homicídio voluntário após ter deixado a filha de apenas 18 meses sozinha durante seis dias num berço na sua casa em Milão na Itália, tendo-a encontrada morta. O caso está a comover toda a Itália e também nas redes sociais. As informações são do Diário de Notícias-PT.

Foto: Reprodução/ Diário de Notícias-PT

Alessia Pifferi, separada há três anos, deixou a filha para viajar até ao município de Leffe, na província de Bérgamo, até à casa do novo namorado, a meio deste mês. Quando este lhe perguntou onde havia deixado a pequena Diana, ela disse que estava com a irmã, mas na realidade tinha deixado a menina em casa, vestida, com uma mamadeira e fraldas, como se a bebê pudesse fazer tudo sozinha. Quando Alessia voltou a casa, encontrou a filha morta devido a fome e desidratação.

No tribunal, a primeira declaração de Alessia não poderia ter sido mais desconcertante. "Vi que ela não se mexia. Dei uma palmada nas costas dela e coloquei-lhe os pés na pia para molhá-la, mas ela não reagiu. Pedi ajuda a uma vizinha e ela ligou imediatamente para os serviços de emergência. Eu sabia do risco que podia correr, mas não sou mãe ruim", confessou ao juiz, reconhecendo que queria tirar um "peso" dos ombros ao ter "a sensação de ser livre, finalmente aliviada durante um tempo do fardo de ser mãe solteira".

Além de ser presa por assassinato, Alessia poderia ser colocada em um "regime de vigilância reforçada" devido ao risco de suicídio.

Em ocasiões anteriores, a mãe havia deixado a menina sozinha no quarto durante fins de semana inteiros. Aos que perguntaram sobre a menina quando ela estava fora de casa, ela respondeu que Diana estava sendo acompanhada por uma enfermeira.

A acusação descreve a mulher como "uma pessoa sem escrúpulos, capaz de cometer qualquer atrocidade para satisfazer suas necessidades pessoais, com desejo de manter relacionamentos românticos com homens a todo custo".

Alessia estava desempregada há três anos e construiu uma vida cheia de mentiras, usando aplicativos para namorar homens em troca de presentes, jantares e vestidos. Para parecer elegante, ele se apresentou em alguns de seus encontros com um carro com motorista. Na cidade de seu novo namorado, de quem era muito dependente, ela se dizia psicóloga infantil.

Foi justamente em um aplicativo que a mulher conheceu o namorado, Mario Angelo D'Ambrosio. O nascimento da menina, em janeiro do ano passado, havia causado uma ruptura temporária no casal, já que Alessia escondeu a gravidez até o parto no banheiro da casa do companheiro, mas a relação foi retomada pouco depois.

"Eu não sabia que estava grávida, descobri no dia em que ela deu à luz. Durante o tempo em que moramos juntos, tive uma suspeita porque nunca a vi menstruar e porque sua barriga estava ficando cada vez maior. Mas ela jurou não Eu costumava ir a Milão, mas quando ela vinha passar o fim de semana em Leffe, sempre me dizia que a menina estava com a irmã Viviana ou uma babá chamada Jasmine (que mais tarde acabou por nunca existir). veio à minha casa sem o bebê, para que ele pudesse finalmente 'respirar' e 'sentir-se mais livre'", disse.

Vizinhos disseram que Alessia era "evasiva" e que seu comportamento "não era o de uma boa mãe". Outros a descrevem como uma pessoa tímida que não tem confiança.

O juiz observou que Alessia "não tinha laços familiares", tendo cortado os laços com sua irmã e primo, os únicos membros da família que moram em Milão. A mãe, que mora em Crotone, na região da Calábria, contou ao magistrado as constantes mentiras da filha que dificultavam seu relacionamento com a família.

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