Business - Agronegócio

Já se perguntou porque as vacas não tem os dentes frontais na parte superior da boca?

26 de Julho de 2022

Por Larissa Martirani

Como assim!?!?!?!?

Devido a seleção natural, os animais assim como os humanos, vão se adaptando de acordo com suas necessidades. No caso dos bovinos eles não necessitam de dentes superiores, pois ao pastar o gado pressiona seus dentes inferiores frontais conhecidos como incisivos contra o topo da boca, que é um palato duro, vulgo almofada dental. Este corta as lâminas do pasto para que possam mastigar e assim ingerir o alimento necessário para dar início ao processo de digestão.

Foto: Divulgação

Se você acha, que apenas o gado tem essa característica, se engana. Os Ruminantes, como ovinos e caprinos também não possuem dentes superiores, dando lugar a está "Almofada Dental " Isso ocorre porque esses herbívoros, possuem uma anatomia digestiva diferenciada. 

Importante ressaltar que a Almofada Dental não é a gengiva, mas sim uma superfície áspera e coriácea que cobre a gengiva superior desses animais. 

Porque outros herbívoros como os equinos (Cavalos), possuem dentes incisivos superiores?

Uma boa pergunta!!! Os cavalos apesar de também serem herbívoros, como os ruminantes, fazem um processo diferente de digestão, o qual necessita dos dentes para apreender e rasgar o alimento, estes possuem 6 dentes incisivos superiores e 6 dentes incisivos inferiores.

Vale ressaltar que os animais silvestres e herbívoros como as girafas e cervos, também não possuem dentes incisivos superiores e igual os ruminantes tem este local ocupado pela Almofada Dental.

Dra. Larissa Martirani, Medica Veterinária | Foto: Redes sociais/ @vetmartirani

Lembra do que esses animais citados acima, não possuem os INCISIVOS FRONTAIS SUPERIORES, mas os pré-molares e molares tanto inferiores como superiores existem.

Por isso ao atender os animais, devemos sempre estar atentos às suas características, pois essas "pequenas peculiaridades", os fazem diferentes, assim sendo, suas moléstias também e para poder tratá-las, devemos saber e respeitar suas diferenças e assim obter um diagnóstico e tratamento adequado, para cada qual.

Comentários
Assista ao vídeo