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Caminhada ao ar livre contribui para saúde mental

20 de Julho de 2022
As atividades físicas ao ar livre têm um papel importantíssimo na redução do cansaço mental, favorecendo o pensamento criativo

Os benefícios que as atividades físicas trazem ao organismo vão além da queima de gordura, fortalecimento da musculatura e melhora da circulação e pressão arterial. Um estudo realizado na década passada, por psicólogos da Universidade de Kansas, nos Estados Unidos, constatou que o hábito de fazer caminhadas ao ar livre pode trazer melhorias significativas à saúde mental. Os participantes do estudo realizaram tarefas que exigiam solução de problemas e pensamento criativo, e seus desempenhos mostraram uma evolução de 50% em comparação a quem não tinha esse hábito. “A caminhada ao ar livre causa uma melhor oxigenação do sangue e, consequentemente, dos tecidos neurais, ativando as funções cognitivas relacionadas à memória e criatividade”, aponta o coordenador acadêmico da UPX Sports e coordenador do curso de Educação Física da Universidade Positivo, Zair Candido de Oliveira Netto.

Além disso, segundo Zair, essas caminhadas ao ar livre podem reduzir o estresse e ansiedade, por conta da liberação de diversos hormônios, entre eles, a endorfina. “Após a realização dessa atividade física, o cérebro recebe uma resposta positiva por conta do prazer que esses hormônios proporcionam, impulsionando o sistema nervoso a responder favoravelmente na realização de atividades que demandam criatividade”, ressalta o professor.

Os pesquisadores de Kansas descobriram que o barulho constante do contexto urbano, somado ao uso excessivo da tecnologia no cotidiano, são altamente prejudiciais ao foco e atenção das pessoas. Zair alerta que as atividades físicas, acrescidas a essa conexão com a natureza, têm um papel importantíssimo em reduzir o cansaço mental, favorecendo o pensamento criativo. “Toda a correria do dia a dia acaba influenciando, de forma negativa, nas nossas funções cognitivas. As atividades ao ar livre promovem novas conexões sinápticas, que podem gerar novas ideias e caminhos neurais, alavancando o que chamamos de plasticidade cerebral, causando uma estimulação ao cérebro”, destaca o especialista.

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