Dárcy Vera foi condenada a 19 anos de prisão por lavagem de dinheiro para a reforma de um imóvel e o pagamento simulado a um advogado
A ex-prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera foi condenada, nesta segunda-feira (11/7), em mais uma ação penal. Desta vez a 4ª. Vara Criminal de Ribeirão Preto-SP, por meio do juiz Lúcio Enéas da Silva Ferreira a condenou a 19 anos de prisão por lavagem de dinheiro para a reforma de um imóvel e pelo pagamento simulado a um advogado. O ex-marido dela, Mandrison Cerqueria e o ex-superintendente do hoje extinto Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp) Marco Antonio dos santos também foram condenados. As informações são do Tribuna Ribeirão.
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| Ex-prefeita Dárcy Vera foi condenada a 19 anos em nova decisão da Sevandija | Foto: F.L. Piton/Arquivo |
Segundo a Justiça o dinheiro desviado na chamada “fraude dos honorários advocatícios”, teria sido usado para a reforma da casa da ex-prefeita no bairro Ribeirânia. No celular da ex-prefeita, os investigadores encontraram um grupo de WhatsApp em que os detalhes da obra eram discutidos por ela, por uma então funcionária do PSD (seu antigo partido) e pela arquiteta contratada para realizar a reforma. Em depoimento ao Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a arquiteta disse que pagava os profissionais da reforma com “pacotes” de dinheiro recebidos diretamente da ex-prefeita.
O ex-marido de Darcy, Mandrison Cerqueira, também foi condenado pela lavagem do dinheiro desviado dos cofres públicos. Segundo a denúncia, ele recebeu através de depósitos fracionados R$ 810 mil do esquema. Mandrison foi condenado a uma pena de 5 anos e quatro meses de prisão.
O ex-superintendente do então Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto, Marco Antônio dos Santos foi condenado a três anos de prisão por ajudar a ex-prefeita a lavar R$ 140 mil através do pagamento a um advogado que a defendia em ações judiciais.
Dos três condenados, apenas ex-prefeita terá de cumprir a pena em regime fechado. Todos também foram condenados a ressarcir os cofres públicos pelo dinheiro que teria sido desviado. Eles ainda poderão recorrer da sentença em liberdade.
A advogada Maria Cláudia Seixas que defende Dárcy Vera afirmou que “Infelizmente a condenação alcançou um patamar exorbitante. Um absurdo! A defesa entende que não há elementos nos autos para tanto, alias, sequer há por caracterizado o crime de lavagem. Iremos recorrer aos Tribunais Superiores”, afirmou.
