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Câncer de boca afeta mais os homens entre 50 e 70 anos, explica oncologista

8 de Junho de 2022

O médico Ramon de Mello diz que tumor que afetou o ator Rubens Caribé pode se manifestar com lesões que demoram para cicatrizar

Aos 56 anos, o ator Rubens Caribé morreu no dia 5 de junho em decorrência de um câncer de boca. O artista tem o perfil do público com maior propensão para essa doença oncológica: homens brancos, na faixa etária entre 50 e 70 anos de idade. “O consumo do tabaco e bebidas alcoólicas aumenta consideravelmente os riscos de diagnóstico desse tumor”, ressalta o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal.

“O câncer de boca pode surgir nos lábios e em outras estruturas da boca como gengivas, bochechas, céu da boca. É muito comum ainda ser diagnosticado nas bordas e na região embaixo da língua”, explica o oncologista. Segundo ele, o tumor pode se manifestar por meio de lesões que demoram mais de 15 dias para cicatrizar. “Aos primeiros sinais, o paciente deve procurar um especialista para uma avaliação detalhada”, recomenda o oncologista.

As lesões podem ainda apresentar sangramento, bem como manchas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengiva, céu da boca ou bochechas. “Em outra fase, o tumor pode provocar nódulos no pescoço, dificuldade de mastigar e engolir e até mesmo prejudicar a fala”, detalha Ramon de Mello.

O médico lembra que o diagnóstico precoce vai ajudar a tratar e até mesmo curar a doença. A prevenção também é outro fator importante. “Reduzir o consumo de bebida alcoólica e parar de fumar são essenciais, bem como o uso de protetor solar para os lábios e sexo oral protegido para evitar infecção pelo vírus HPV, que está relacionado a alguns casos de câncer de orofaringe”, afirma o oncologista.

Sobre Ramon Andrade de Mello

Pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra), Ramon Andrade de Mello tem doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).

O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é Coordenador Nacional de Oncologia Clínica da Sociedade Brasileira de Cancerologia, membro da Royal Society of Medicine, London, UK, do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology -- ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology -- ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology -- ASCO).

Dr. Ramon de Mello é oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.

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