Viver - Esporte

Crueldade animal no esporte: Rileigh Tibbott diz ser inaceitável que atletas maltratem animais

30 de Maio de 2022

Ambos precisam se manter juntos em um relacionamento saudável, diz Tibbott

Nem todos os esportes dependem somente da garra, preparação e esforço físico dos atletas. Existem modalidades em que as estrelas são os próprios animais, como nos esportes equestres, por exemplo. O Hipismo, a doma clássica, o pólo e a corrida são alguns deles. Com o acréscimo de um ser sob a responsabilidade e adestramento humano, são incluídas responsabilidades nos cuidados com o animal. A saltadora e treinadora, Rileigh Tibbott é enfática quando o assunto é manter a cautela e atenção com os cavalos. Segundo ela, nos esportes equestres os dois trabalham juntos e um precisa entender o outro. “É inaceitável que atletas maltratem os animais. Ambos precisam se manter unidos num relacionamento saudável”, completa.

Porém, infelizmente existem tristes casos sobre maus comportamentos em atividades esportivas. As Olimpíadas de Tóquio, realizada em 2021, trouxe um deles. Durante a prova do pentatlo, a técnica Kim Raisner foi flagrada acertando um soco no cavalo montado por Anikka Schleu. A atleta não conseguia controlar o animal para dar início aos seus saltos, a atitude que a técnica teve para tentar contornar a situação foi essa. Kim Rasiner foi expulsa dos jogos e Anikka, que liderava a competição em Tóquio, perdeu a sua colocação. Na ocasião, a polêmica levantou um debate sobre crueldade animal que percorre até os dias de hoje. Mas, vale ressaltar que este é um episódio isolado, há muitos profissionais, como Rileigh, que colocam sempre a saúde e o bem-estar do animal como a sua prioridade.

Ao redor do globo há outras atividades considerados esportivas ou de entretenimento que na realidade só trazem dores e sofrimentos aos animais. No Brasil, as conhecidas vaquejadas tiveram a lei regulamentada. Elas consistem numa prática em que um boi é puxado pelo rabo por um vaqueiro e deve correr entre dois cavalos por uma pista de areia até que seja derrubado em uma área demarcada com cerca 10 metros. Ao final, o animal é geralmente abatido. Em 2016, o Supremo Tribunal Federal considerou a lei anterior como inconstitucional, já que a considerava uma prática esportiva e cultural do estado do Ceará. A prática nordestina teve a lei (Lei Federal 13.873) novamente regulamentada dois anos depois e dessa vez reforça a proteção da modalidade.

As mesmas contradições acontecem com as touradas, o espetáculo turístico acontece frequentemente na Espanha. Os criadores e frequentadores defenderem que a prática é muito respeitosa, mas grande parte da população é contra, uma vez que os animais também podem morrer durante as atividades que são muitas vezes torturantes. Rileigh Tibbott, mantém os seus argumentos sobre a preocupação com o animal e afirma que quanto mais medidas forem tomadas para que eles tenham uma vida longa e digna, isso deve ser feito. Afinal, os animais também têm emoções, sentimentos e percebem qualquer ato de amor ou ódio.

Comentários
Assista ao vídeo