"Tenho que ser forte pra conseguir justiça, e quando tudo isso acabar, eu desabo", disse Kátia, tutora dos felinos
Um crime brutal contra animais, ocorrido na região da Colônia, em Jundiaí, nesta terça-feira (26/4), deverá ser investigado pela Polícia Civil. Pelo menos 20 dos 27 gatos de uma moradora do bairro foram envenenados com chumbinho, sendo que 17 já morreram. A dona dos animais, Kátia Regina Nicola Vergilio Mendes Ferreira, de 53 anos, entrou em choque ao chegar em casa, na noite desta terça, e encontrar alguns dos bichos mortos e outros espumando pela boca e agonizando. As informações são do Jornal de Jundiaí.
Os gatos estavam mortos pelos corredores e cômodos da casa | Foto: Divulgação |
Kátia contou que tem uma lanchonete em Várzea Paulista e que sai de casa todos os dias às 5h para ir trabalhar, retornando apenas após às 20h. Nesta terça, ao chegar em casa, estranhou que nenhum de seus 27 gatos estava no quintal lhe esperando, como de costume. Ao entrar na residência, avistou um dos animais atrás da geladeira, como se estivesse preso.
Ao pegá-lo, notou que estava espumando e, desesperada, começou a tentar salvá-lo. A situação ficou ainda mais complicada quando ao andar pelos cômodos, o marido encontrou outros gatos caídos, sobre o sofá, sob as camas, no banheiro, nos corredores... Alguns já estavam mortos e outros espumando pela boca e se batendo. “Eles estavam morrendo, pedindo socorro. Foi uma cena de terror, não estou aguentando de dor, eram inocentes e foram vítimas de um monstro”, disse Kátia.
Kátia disse que logo percebeu o que estava acontecendo. “Eu e meu marido fomos encontrando pedaços de salsicha com chumbinho, tanto no box do banheiro, onde tinha alguns gatos mortos, quanto no quintal. Preciso de ajuda para pegar esse monstro, ele acabou com minha vida”, lamentou Kátia. “Agora meus bichinhos estão lá, dentro de um saco plástico, e outros ainda morrendo dentro de casa. Tenho que ser forte pra conseguir justiça por eles, e quando tudo isso acabar, eu desabo. Por enquanto não posso”.
Kátia disse que foi ao 3º DP, na Ponte São João, para fazer o Boletim de Ocorrência, mas foi informada que só poderia registrar após reunir fotos dos animais mortos, em um pendrive. Ela assim o fez e deverá registrar o BO.