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Diretora de escola em que crianças eram amarradas em SP se entrega à polícia

29 de Abril de 2022

Roberta Regina Rossi Serme, de 40 anos, procurou a DP Central de Itaquaquecetuba-SP, por volta de 23h30 desta quinta-feira (28/4)

Considerada foragida da Justiça, a diretora da escola particular Colmeia Mágica, investigada por maus-tratos e tortura contra crianças na capital paulista, se entregou à polícia no final da noite dessa quinta-feira (28/4). As informações são do Metrópoles.

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De acordo com o delegado Renato Topan, da DP Central de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, Roberta deve ser transferida nesta sexta-feira (29/4) para a Penitenciária Feminina de Tremembé, em São Paulo, mesma prisão onde está sua irmã, a pedagoga Fernanda Carolina Rossi Serme. Fernanda, 37, presa na segunda (25/4). Ela estava na casa de parentes, em Mogi das Cruzes.

Além de Roberta e Fernanda, a auxiliar de limpeza Solange da Silva Hernandez, 55, também é alvo de investigação. A escola é acusada de aplicar castigos aos alunos que choravam ou se recusavam a comer.

A escola investigada atendia crianças entre 1 e 6 anos, ou seja, do berçário ao Jardim 2. Gravações que circulam nas redes sociais mostram crianças chorando e com os braços amarrados por panos. Os alunos também aparecem recebendo alimentação em um banheiro.

Fernanda Carolina Rossi Serme da Silva, irmã e sócia de Roberta, foi indiciada pela polícia | Foto: Reprodução/ Redes sociais 

Investigações da Polícia Cilvil indicam que Roberta Serme ordenava que funcionárias dessem dipirona para crianças dormirem. Roberta teve a prisão decretada na última segunda-feira (21/3).

Uma das professoras da turma de 3 e 4 anos disse, em depoimento, que uma colega de trabalho afirmou que Roberta tinha dado a ordem para dar o medicamento anti-febre para os “bebês dormirem”.

As investigações apontam que dona da escola ordenava que funcionárias dessem dipirona para crianças ficarem com pressão baixa e dormirem | Foto: Reprodução 

Ainda segundo informações iniciais, as crianças recebiam remédios como dipirona, sem prescrição médica, para que pudessem ter a pressão abaixada e com isso adormecer”, consta nos autos policiais. “Há relatos de narcotização das crianças para que elas se acalmem, com a ministração de antitérmicos”, afirmou o Ministério Público em 16 de março deste ano.

Em nota divulgada no último dia 16, Roberta e Fernanda Serme afirmaram que as denúncias de pais de alunos e professores são “incabíveis, inverídicas e aterrorizantes”. As representantes da entidade alegaram ainda que estavam sendo acusadas “cruel e injustamente”, sem comprovação confiável.

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