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Pescador no Ceará é vítima de raro acidente com peixe-leão

27 de Abril de 2022

Esse é o primeiro acidente com a espécie que acontece no mar no país.

O pescador Francisco Mauro da Costa Albuquerque pisou em uma peixe-leão na praia de Bitupitá, no interior do Ceará, e está sofrendo com dores, convulsões e paradas cardíacas. A espécie é venenosa e já foi encontrada em várias praias do litoral do estado. As informações são do Isto é.

Espécie venenosa foi encontrada, principalmente, em praias do Ceará | Foto: Divulgação/ Ministério do Meio Ambiente 

Esse é o primeiro acidente com a espécie que acontece no mar no país. De acordo com o pesquisador Marcelo Soares, os outros acidentes semelhantes aconteceram em aquários.

De acordo com informações da esposa de Francisco, Ana Vitória Alves Laurindo, o pescador de 24 anos teve dores nos locais onde foi perfurado pelo peixe, além de convulsões e duas paradas cardíacas. Ele ficou seis dias internado, mas na última segunda-feira (25/4) já tinha recebido alta.

Espécie é invasora e não tem predadores naturais

Biólogos e pesquisadores alertam que a espécie pode ser uma ameaça para o turismo de toda a região do litoral cearense. Apesar de seus ataques dificilmente serem letais, ele injeta uma toxina neuromuscular que pode causar diversos sintomas como febre e convulsões em seres humanos. 

Oito desses peixes já foram encontrados em águas rasas no Brasil, apesar de não serem típicos daqui. Ele se alimenta de animais invertebrados, como camarões, e se reproduz rapidamente. 

Apesar da área de maior risco ser entre as praias de Bitupitá e Itarema, no Ceará, essa espécie já foi identificada na Costa do Pará até a ilha de Fernando de Noronha. 

Ministério tem campanha de orientação 

No último dia 11 de fevereiro o Ministério do Meio Ambiente lançou uma campanha para alertar turistas e pescadores sobre o peixe e seus perigos. Ela prevê a distribuição de panfletos e cartazes que explicam o que fazer quando encontrar essa espécie no mar. 

Quando capturarem o peixe-leão, por favor não devolvam ao mar, fotografem, tragam para o ICMBio, se possível. Na cartilha tem um QR Code com um formulário para que as pessoas possam nos enviar todas as informações de onde ele foi capturado, com envio de fotos e imagens. Tudo isso é importantíssimo para que a gente possa monitorar e impedir que esses peixes se alastrem para o resto do país”, ressaltou a secretária de Biodiversidade do MMA, Beatriz Milliet.  

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