Viver - Saúde

DPOC mata 4 brasileiros por hora

13 de Abril de 2022

Acompanhamento médico é determinante para uma melhor qualidade de vida

A DPOC, sigla para doença pulmonar obstrutiva crônica, é desconhecida da grande maioria das pessoas, mas mata por hora 4 brasileiros, 96 em um dia e 40 mil todos os anos. Os números assustam, mas estão ligados a principal causa da doença. “O tabagismo é um hábito muito frequente e a exposição é direta a fumaça. O cigarro está intimamente ligado a cavidade oral e a inalação profunda dessa fumaça é o principal fator”, explica o pneumologista, João Carlos de Jesus.

Outros tipos de fumaça podem levar ao desenvolvimento do quadro como vapores químicos, poeira e outras partículas que provocam irritação pulmonar. “Antigamente pessoas que usavam fogão a lenha tinha um alto risco. A poluição do trânsito também pode estar relacionada ao adoecimento pulmonar”, complementa o médico.

Essa é uma doença que destrói algumas estruturas dos pulmões, principalmente os alvéolos que são responsáveis pela respiração, pela entrada do oxigênio na corrente sanguínea. Portanto, provoca a formação de enfisemas pulmonares associada a uma inflamação dos brônquios, uma bronquite crônica.

O pneumologista destaca que o diagnóstico é realizado pelos sintomas do paciente, pela exposição que ele teve ou tem a fumaça e pela realização de um teste. “A espirometria é uma prova da função pulmonar que evidencia uma redução do folego e da velocidade que o ar se move nas vias aéreas”.

Os sintomas mais comuns para DPOC são falta de ar, tosse, sensação de aumento de secreção nas vias áreas, relatado geralmente como pigarro e a dificuldade de fazer atividade física ou até de mesmos atividades simples, como tomar banho o trocar de roupa.

O acompanhamento de um especialista é peça fundamental para conseguir manter uma boa qualidade de vida. “Existem diversas existem diversas técnicas para ajudar o paciente recuperar a capacidade respiratória, mas tem uma limitação. Por isso, a principal medida é evitar a exposição a fumaça. No caso do tabagista parar de fumar”, ressalta o médico João Carlos de Jesus.

Seguir o tratamento que ainda pode ser realizado como uma série de medicamentos é importante. Dados da última década apontam que a DPOC foi a quinta maior causa de internação no Sistema Único de Saúde (SUS) entre pacientes com mais de 40 anos de idade. Segundo o Ministério da Saúde foram cerca de 200 mil hospitalizações e gasto anual aproximado de R$ 72 milhões. Essa também é a quinta causa de morte entre todas as idades.

Citação – “Muito importante que o paciente que possua a DPOC tenha consciência que é mais vulnerável, suscetível a infecções respiratória. Uma medida muito importante é o uso de vacinas como por exemplo contra gripe e a Covid-19”.

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