O produtor rural Gildo Loureiro usou um pedaço de madeira para livrar o cãozinho de ser esganado
"O Tico é como se fosse um filho pra mim. Eu morreria se não conseguisse resgatá-lo do ataque". Essa declaração de 'herói' é do produtor rural Gildo Loureiro, de 68 anos, que enfrentou uma cobra sucuri para salvar a vida do cãozinho de estimação da família. O ataque foi em uma propriedade rural de Potirendaba-SP, cidade que fica a 35 quilômetros de Rio Preto.
Gildo Loureiro e seu companheiro Tico, salvo pelo idoso de um ataque de sucuri | Foto: Luiz Aranha/Gazeta do Interior |
O caso foi registrado no dia 24 de março, porém só ganhou repercussão nesta semana. O dono do animal contou que sempre costuma ir de moto às margens do córrego Borá que passa pela sua propriedade. "Além do Tico, eu tenho mais três cachorros. Todos eles vão comigo no local. No dia, somente o Tico entrou na água e foi atacado pela sucuri", explica Gildo.
O homem ouviu os gritos do animal quando retornava das margens do córrego. Nesse momento, ele percebeu que a cobra de aproximadamente 4 metros tinha atacado o Tico e se enrolava nele.
Para conseguir livrar o cãozinho de ser esganado, o produtor usou um pedaço de madeira e começou a bater na cobra. Depois de alguns minutos 'lutando' contra a sucuri, conseguiu que a cobra soltasse o Tico. A sucuri não morreu, mas desistiu do ataque. Os outros cachorros ficaram assustados e fugiram.
Pedaço de pau utilizado por Gildo para salvar Tico do ataque da sucuri | Foto: Luiz Aranha/Gazeta do Interior/Colaboração |
Com o ataque, o cãozinho e o dono ficaram sujos de sangue. O homem retornou à casa da propriedade para se limpar e dar um banho no animal. Em seguida, ele levou o Tico até uma veterinária na cidade de Mendonça-SP. O cachorro foi medicado e passou por exames, mas, felizmente, não foi constatada nenhuma lesão.
Após essa situação, o produtor conta que está meio receoso de passear com os animais pela propriedade. "Nós já encontramos a sucuri algumas vezes, mas foi a primeira vez que um cachorro foi atacado. Há cerca de 15 anos, outra cobra da mesma espécie comeu um bezerro".