Artista prioriza trabalhar com mulheres e conta como é difícil encontrá-las em funções técnicas e criativas
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No próximo dia 31 de março, a cantora e compositora Jofrancis lança mais um sucesso com foco no empoderamento feminino. Dona da Banca pretende discutir a força do feminino e suas questões em relacionamentos baseados na cultura machista. O conteúdo da nova música vem contestar as relações baseadas em mentiras e que são, muitas vezes, colocadas em um lugar de realidade paralela pelos homens. “Não dá pra viver com mentira e agir como se nada tivesse acontecido”, revela a artista que se inspirou no tema em seus próprios relacionamentos amorosos.
A música também aborda questões da força feminina e o quanto os homens podem ter uma insegurança em lidar com isso. “Espero que as mulheres que escutem essa música se empoderem de si mesmas, de suas histórias e reconheçam que são donas da sua própria banca”, reforça a cantora.
A artista também prioriza trabalhar com mulheres em todo o processo criativo e direção dos clipes. Na equipe, Jô convidou para dividir o processo criativo as diretoras e cineastas Ananda Torres e Solana Llanes, de Florianópolis e puderam acompanhar as gravações em Anitápolis, Santa Catarina. Além das da direção e fotografia também ocupam o lugar na equipe uma stylist, uma designer, uma maquiadora e visagista e uma coreógrafa.
O clipe do seu primeiro sucesso Medin, também foi dirigido por duas mulheres. “Em 12 anos de carreira eu percebi que dificilmente encontrava mulheres em posições que não fossem cantando ou dançando e busquei trabalhar com musicistas e diretoras que fossem mulheres. Além do discurso de incluir mulheres no mercado de trabalho, temos que buscar agir em prol disso”, completa.
Seu som é uma mistura de pop dançante, com um toque abrasileirado e latino, com fortes influências de Shakira e Anitta, que acompanham a carreira da cantora. Conta que seu público se identifica muito com sua estética pois não se vê em um padrão de beleza. “Trabalho com pop comercial, mas não estou dentro do padrão de beleza que é muito forte no gênero, com isso atraio um público que se identifica e também pela qualidade do meu trabalho e pelas questões feministas que abordo”, conta a compositora.
Com 12 anos de carreira, Jofrancis já integrou e produziu a banda TAZO entre 2018 e 2021, agora retornou com o lançamento solo que enfatiza o empoderamento feminino e ironiza o comportamento de medo dos homens perante mulheres grandiosas.
O conceito deste novo clipe é trazer um pouco da realidade dos contos de fada sem infantilizar o conteúdo, porém com a presença de personagens que fazem alusão ao ícone da mentira, como o Pinóquio e também a Fada Azul. Por isso a escolha da bucólica Anitápolis para ser a locação. O clipe é uma continuação de Medin que une duas vertentes, as mulheres chamadas de Virgens da Guerra do Contestado, maior guerra civil do Brasil no século XX e a Lenda da Bruxa de Curitiba. “Medin enaltece o poder feminino, misturando pop, latinidades e brasilidade. Trazendo no clipe dois conceitos históricos sobre mulheres poderosas e uma nova possibilidade visual para o pop brasileiro deixando de lado padrões de beleza”, completa a artista.
Natural de União da Vitória, interior do Paraná, Jofrancis é cantora, compositora, atriz e produtora. Começou a cantar profissionalmente aos 14 anos em bandas e eventos onde conheceu músicos e lançou seu primeiro EP Armadilha.
Bacharel em Artes Cênicas, é uma das poucas artistas do Brasil pós graduada em Teatro Musical. Já trabalhou com Claudia Raia e Marcello Antony em Chaplin, o musical da Broadway e participou de outras peças. Influenciada por Shakira e Anitta, Jofrancis lançou seu primeiro single pop, Beijo Bom, no final de 2016. Em 2017 participou do programa Raul Gil no SBT e lançou seu segundo single Trato. Em 2018, 2019 e 2020 integrou e produziu o grupo Tazo, com o qual abriu o show da Pabllo Vittar e cantou para mais de 1 milhão de pessoas no carnaval de São Paulo.
