Maioria dos casos não apresenta sintomas e precisa apenas de acompanhamento, aponta ginecologista e obstetra Michel Mandelman
Maioria dos casos não apresenta sintomas e precisa apenas de acompanhamento, aponta ginecologista e obstetra Michel Mandelman | Foto: Divulgação |
Um diagnóstico mais comum do que se imagina. Por ano, cerca de dois milhões de mulheres descobrem um mioma uterino, segundo o Ministério da Saúde. Mas não é preciso se desesperar com a descoberta. O ginecologista e obstetra Michel Mandelman explica que se trata de um tumor benigno formado por tecido muscular no útero. “Pode virar maligno? Pode, mas é muito difícil. No máximo em 1% das mulheres um tumor benigno, chamado de mioma, vira maligno”.
A causa ainda é desconhecida, mas já se sabe que o desenvolvimento de miomas está ligado a fatores hormonais. Dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), revelam que 80% das mulheres em período fértil têm mioma.
Muitos pacientes só descobrem o tumor em exames de imagem de rotina. A grande maioria não apresenta sintomas, mas eles podem aparecer. “Miomas em estágios avançados podem apresentar muita dor e sangramentos ou os dois juntos.”, detalha Mandelman.
O médico ainda ressalta que para quem não tem sintomas é necessário apenas fazer o controle, diferente para aquelas que apresentam dores e sangramentos. “Aquela mulher entre 30, 35 anos que tem mioma e o tratamento clínico não deu certo você parte para miomectomia que é a retirada apenas dos miomas, porque esse tipo de paciente pretende engravidar. Agora aquela com 40, 45 anos que continua sangrando e com muita dor nós podemos fazer histerectomia, tirando o útero.”