Viver - Saúde

Especialista em Reprodução Assistida explica as novas perspectivas da fertilização in vidro no País

18 de Março de 2022

Dr. Alessandro Shuffner ressalta como os novos conceitos da área tem ajudado na reprodução assistida no país.

Entre as causas da infertilidade se relaciona o envelhecimento dos óvulos e a produção de espermatozoides, impulsionando uma redução de sua qualidade com o passar dos tempos. É também caracterizada por apresentar na idade o principal fator determinante para a realização do processo de fertilização assistida.

Foto: Divulgação

Com o envelhecimento, tanto a fertilidade em mulheres, quando em homens, sofrem significativas alterações. Nas mulheres, é possível citar processos que prejudicam a fertilização, como o encurtamento dos ciclos menstruais e a diminuição da reserva ovariana, que causa impacto direto na qualidade dos óvulos.

Quando esse envelhecimento é voltado aos homens, segundo estudos relacionados à saúde masculina, essa relação é direcionada a perda da qualidade do esperma. Esse processo se refere aos danos como DNA espermático, as infecções adquiridas e exposição a agentes poluentes. O estilo de vida adotado pode impactar também de forma direta em alguns casos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou que nos últimos anos o Brasil constatou índices de pessoas inférteis superior a 8 milhões de casos. No mundo, a projeção de infertilidade afeta de 50 a 80 milhões de pessoas. Ao longo dos anos, esse processo já obteve alguns avanços em conceitos e, principalmente, em procedimentos, possuindo uma abrangência a públicos femininos, masculinos e homoafetivos.

Especialista em Reprodução Assistida, o Dr. Alessandro Shuffner ressalta as novas perspectivas da fertilização in vidro no Brasil, apontando os ganhos para a fertilidade na reprodução humana.

“Já são muitos os avanços na fertilidade assistida no mundo, o processo deixou de ser apenas voltado para a infertilidade e passou também a ser relacionado a condições de vida e desejo, como postergar o momento de se ter um filho para uma época mais adequada, como também a preservação da qualidade de vida desejada para esse momento, que por vezes acontece até de forma inesperada ou sem preparo”, explicou Dr. Alessandro Shuffner, ao citar as novas fases do processo de reprodução assistida.

A Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) apontou nos últimos anos um desenvolvimento crescente na área da saúde. Isso se justifica com o desenvolvimento tecnológico da área, que passou a incorporar novos métodos ao tratamento de reprodução assistida, garantindo cada vez mais segurança as pacientes.

Ao citar essa evolução, o Dr. Alessandro Shuffner reforça a qualidade dos procedimentos ofertados no país. “Podemos citar avanços significativos, a exemplo do congelamento do óvulo, até mesmo com as novas práticas regulamentadas, como a doação de óvulo, que vem possibilitando e oportunizando ainda mais segurança e liberdade, principalmente para a mulher”, ressaltou.

A inserção de novos conceitos sociais, de gênero e de relacionamento elevam as contribuições causadas pelo procedimento. Exemplo disso são as famílias constituídas no conceito monoparental – quando há presença de um dos genitores.

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