Recuperação do coração
Imagem: Ksenia Makagonova |
Se um coração desprotegido é o que desencadeia um caso amoroso, a melhor defesa contra um caso amoroso é guardar nosso coração. Isso nos livrará de vivermos plenamente um romance de proporções épicas. O apóstolo Paulo expressou esse viver plenamente ao escrever:
“…minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte. Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (FILIPENSES 1:20,21).
Viver plenamente significa viver em redenção. É iniciar cada dia com coragem, antecipando o que Deus fará em nós e por meio de nós devido à nossa confiança de fazermos parte da mais apaixonada história de amor de todos os tempos — a história da redenção.
Mas viver plenamente nos coloca em contato com nossa dor neste mundo e nossa fome pelo céu. Paulo descreveu a inescapável tensão do viver plenamente como gemer internamente num mundo doloroso, do qual não podemos escapar enquanto aguardamos ansiosamente nossa morada eterna que não podemos criar (ROMANOS 8:23).
Oswald Chambers reconheceu que a única maneira de silenciar nosso desejo pelo céu agora é abraçar, de todo o coração, a vida com o pleno conhecimento de que “existe um único Ser que pode satisfazer o último doloroso abismo do coração humano: o Senhor Jesus Cristo”. O salmista disse da seguinte maneira:
“Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra” (SALMO 73:25).
Quando nosso coração é arrebatado pelo amor do nosso Deus que sacrificaria tudo por nós, Seu pedido de amarmos aos outros como Ele nos amou se torna uma delícia e não um mero dever. Seu perfeito amor lança fora todo o nosso medo de amar (1 JOÃO 4:11,18) e abre nosso coração à vida de redenção, que pode triunfar sobre a mais mortífera das traições ao coração — um caso amoroso.
Poucas coisas têm mais poder de atrair os outros à vida plena do que as histórias da obra redentora de Deus na vida de Seu povo. Nossas histórias de tragédia e triunfo, sofrimento e celebração são pequenas partes da história maior do Senhor. Assim, compartilhar nossas histórias é crucial para a construção de uma comunidade de fé que recorda como Deus agiu no passado, de esperança que sonha com o que Ele ainda fará no futuro, e de amor que se move com confiança e coragem para redimir o presente em face do mal (EFÉSIOS 5:16).
Por isso, compartilhem suas histórias.
Trecho retirado do livro Casamento a três, de Publicações Pão Diário.
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