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Obesidade: Prevenção de doenças crônicas não transmissíveis a partir da boa alimentação

15 de Março de 2022

A dietoterapia associada a atividade física é a principal ferramenta na prevenção e tratamento de doenças crônicas associadas a obesidade

Considerada pela Organização Mundial da Saúde como um dos maiores problemas de enfrentados nos últimos tempos, a obesidade apresenta negativas estimativas para os próximos anos. De acordo com a OMS, mais de 2,3 bilhões de adultos estarão acima do peso em 2025, sendo 700 milhões com obesidade.

Em um alerta que chama a atenção para a conscientização da doença, bem como os riscos que causam para a vida humana em sociedade, aumentou-se a procura por métodos eficazes para o tratamento de doenças crônicas não transmissíveis relacionadas a obesidade.

Na ciência da nutrição, a dietoterapia clínica visa a prevenção, controle e o tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, tais como; hipertensão, diabetes e dislipidemia. É o que explica o Nutricionista clínico Dr. Walter Sparta, que é Mestre e Doutor em Ciências da Saúde

“É a terapia com intervenção dietética, na qual, trabalhamos importantes funções fisiológicas e metabólicas do organismo humano, com nutrição e alimentação adequada, para que assim o indivíduo reduza as possibilidades futuras de desenvolver algum tipo de patologia associada a má alimentação. Sabe-se hoje que, 99,9% dessas doenças metabólicas estão associadas ao sedentarismo e má alimentação. Detalha o também especialista em Bioquímica do Esporte e Fitoterapia.

Ao contrário do tratamento medicamentoso, não há qualquer restrição quanto ao uso deste método. Na verdade, o alerta é para que as pessoas redobrem o cuidado com os hábitos alimentares, já que parte expressiva das enfermidades poderiam ser evitadas com alimentação saudável e adequada.

“Você é o que você come, 99.9% das doenças podem ser evitadas quando você cuida dos seus hábitos alimentares. Por exemplo, um ínvido que desenvolve hipertensão, geralmente tem obesidade ou sobrepeso, que é reflexo do sedentarismo e da má alimentação. A mesma coisa serve para diabetes tipo 2 que está totalmente associada ao consumo alimentos ruins e ao ganho de peso por acúmulo de energia”, enfatiza o nutricionista.

O profissional é responsável técnico da Spartateam Consultoria Nutricional e explica que para pacientes que já tem algum tipo de doença crônica não transmissível, o tratamento com dietoterapia precisa ser feito durante toda a vida, como é o caso da hipertensão, diabetes, dislipidemia e da doença renal crônica. Porém, em casos de obesidade ou sobrepeso ainda em desenvolvimento no qual o indivíduo ainda não evoluiu para alguma condição crônica, é possível reverter o quadro com dietoterapia “e esse tratamento geralmente evita a evolução e o desenvolvimento de doenças”.

Dr. Walter ainda reforça que o ideal é aliar a dietoterapia com a prática de atividade física, pois “muitos indivíduos frequentam a academia, fazem exercícios, mas se alimentam de forma incorreta”. Sendo assim, segundo ele, pessoas fisicamente ativas, com hábitos alimentares ruins, também podem ser afetadas com algum tipo doença metabólica associada a obesidade e sobrepeso.

A realidade atualmente enfrentada nos direciona para a necessidade de que, a obesidade deva ser tratada como um grande problema de saúde pública global, fazendo com haja a inserção de estratégias que possam acolher de forma multidisciplinar o paciente, entendendo melhor as suas causas e por fim, direcionando atuação mais eficaz em seu controle e prevenção.

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