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Transtornos psiquiátricos possuem relação com quadros mais graves de Covid-19, aponta estudo

15 de Março de 2022

Especialista explica como o aumento do sofrimento psicológicos, dos sintomas psíquicos e dos transtornos mentais se intensificaram na pandemia

Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) oficializou o surgimento da Covid-19 em 2020, doença provocada por um vírus do tipo coronavírus, até ser considerada uma emergência de saúde pública mundial, diversos setores e áreas sociais voltaram suas atenções para o seu risco.

Com essa projeção o aumento do sofrimento psicológico, dos sintomas psíquicos e dos transtornos mentais passaram a ter uma notória disseminação, implicações com impacto direto para a saúde mental e aplicadas em diversas situações cotidianas.

Em estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), constatou que pessoas acometidas pela Covid-19, principalmente com quadros moderados e graves, apresentaram algum tipo de déficit cognitivos ou transtornos psiquiátricos.

A relação entre o aparecimento dos transtornos psiquiátricos em torno da doença desencadeia um processo que envolve diretamente as questões psíquicas e fisiológicas. De acordo com a psiquiatra, Dra. Dinah Akerman, esse processo que requer atenção especial a partir dos primeiros sinais.

“Os principais agravamentos se direcionam aos quadros de depressão, ansiedade e transtornos de estresse pós-traumáticos, que por haver uma pressão em torno de um contexto negativo, acabam também se direcionando para uma combinação de fatores psicológicos, eventos vitais, assim como doenças fisiológicas”, ressaltou a psiquiatra.

Sobre o aparecimento de sintomas, Dra. Dinah Akerman aponta que sinais de irritação, fadiga, insônia, alteração na memória e concentração são as mais comuns em constatações clínicas, que se intensificam em graus elevados a partir do contato com a Covid-19.

“Esse é um percentual que evidencia uma grande preocupação já que, geralmente, ocorre em 26,8% da população e, se tratando da Covid-19, chegando a uma projeção de 32,2%, sendo necessário de imediato tratamentos direcionados a cada caso”, orientou a Dra. Dinah Akerman.

Os dados citados pela psiquiatra são da pesquisa da revista científica General Hospital Psychiatry, realizada em 2020, entre 425 pacientes adultos, submetidos a entrevistas psiquiátricas estruturadas, testes psicométricos e bateria cognitiva, após seis meses de alta hospitalar.

Os resultados demonstraram a prevalência de transtornos mentais comuns, evidenciando a necessidade direta um tratamento intensivo, voltados para remédios antidepressivos, exercícios físicos e o treinamento neuropsicológico.

A percepção multifocal e multidisciplinar se direcionam a um tratamento amplo, direcionado para a necessidade de cada quadro apresentado, tendo na avaliação médica uma etapa essencial para a reversão clínica de cada paciente

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