A inovação de tratamentos menos invasivos substitui métodos convencionais em 86% dos casos, afirma cirurgiã vascular.
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| Varizes: porque elas surgem e os novos tratamentos médicos | Foto: Divulgação |
Muito mais que apenas um incômodo estético, sendo uma das doenças que mais afetam as mulheres, as varizes são um dos principais problemas vasculares diagnosticados no Brasil, decorrentes da dilatação das veias. A falta de prevenção e cuidado pode apresentar em seus estágios mais avançados dores e inflamações graves.
A doença vascular se apresenta com um problema que afeta 38% da população adulta brasileira, sendo encontrada em 45% das mulheres. Os dados são da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, que ainda aponta uma maior prevalência em pessoas com idades acima dos 70 anos, indicando uma estimativa de 70% de chances de terem varizes nessa idade.
Além de seu surgimento estar ligado aos fatores genéticos, as varizes podem ser motivadas também por alterações hormonais, obesidade, sedentarismo e o próprio sexo, sendo mais propenso no sexo feminino. Especialista no assunto, a cirurgiã vascular, Dra. Letícia Costa, reforça a atenção para a doença.
“As varizes são uma doença, não é um fator apenas estético e possui vários graus em um estágio evolutivo, por isso é importante a prevenção em seu estágio inicial, o que pode prevenir dores mais fortes, inchaço e, em casos mais graves, o escurecimento da pele e feridas”, explicou a cirurgiã vascular.
Com a alta procura por métodos cada vez menos invasivos, afim de melhor o tratamento e recuperação, traz uma busca por inovações técnicas nos procedimentos. De acordo com a Dra. Letícia Costa, atualmente, “existem tratamentos mais modernos e menos invasivos, inclusive sendo realizados no próprio consultório sem necessidade de internação hospitalar”.
A especialista explica que para as veias de menor calibre, os chamados vasinhos, existe tratamentos como o laser transdérmico e a espuma, conseguindo substituir a cirurgia convencional em até 86% dos casos. Em tratamento de safenas, aparecem procedimentos como o termoablação, um tratamento com endolaser ou radiofrequência, uma técnica sem corte, feita através do calor e pulsão da veia.
“Por ser uma doença, ao passo que sintomas como dores e inchaço surgem, é importante que se procure o especialista para uma avaliação correta, onde a falta de um tratamento em seu estágio inicial pode acarretar em complicações maiores, como a evolução para uma trombose”, finalizou a Dra. Letícia Costa, ao ressaltar a importância do diagnóstico.
Por se tratar de uma doença genética, a prevenção e orientações ainda se apresentam como essenciais ao tratamento precoce, uma vez que sua avaliação reduz o surgimento de quadros ainda mais críticos.
