Litoral norte de São Paulo recebe projeto que promove, além de práticas de surf, a conexão e transformação para mulheres por meio de práticas oceânicas
Águas de Gaia já passou por três estados e atendeu mais de 500 mulheres |
Foto: Suellen Nobrega |
Tornar o surf mais acessível para cada vez mais mulheres, valorizando a energia feminina, a natureza e a união. Esse é o propósito do projeto Águas de Gaia, que chega a São Sebastião (SP), com vivências gratuitas de surf e práticas corporais para mulheres. Realizado pelo Instituto Incentivar, com patrocínio da EDP Brasil e do Instituto EDP e apoio da Secretaria de Esporte e Lazer da Prefeitura de São Sebastião, o projeto oferecerá 16 vivências gratuitas.
O ponto de encontro será na Praia de Juquehy, de 12 a 31 de março, nos períodos da manhã e da tarde, conforme o clima e condições do mar. Para participar, as mulheres precisam se inscrever previamente pelas redes sociais do projeto. As vagas são limitadas. “Também oferecemos alimentação e cuidadoras para que as mulheres com filhos possam participar. Essa é uma maneira de trazermos para o projeto as mães, que dificilmente têm um momento só delas no dia a dia”, explica Cristiane Brosso, idealizadora do projeto.
Promovendo a cultura do bem viver, a cultura oceânica e a sororidade, o Águas de Gaia tem sido transformador por onde passa. Mais que uma aula de surf, o projeto transforma a ligação das mulheres com o mar e traz para as vivências mulheres de todas as idades e com diferentes histórias de vida e superação. “A ideia é levar esse resgate do feminino para o meio do oceano, trazer força e conexão para essas mulheres”, afirma Cris, que é um exemplo de transformação. “Saí da depressão pós-parto devido ao surf e vi muitas mulheres atingirem a saúde mental e até mesmo deixar relacionamentos abusivos devido à prática do esporte. Ele nos traz força”, conta.
Conexão com o oceano e ações ambientais
Além da oportunidade de aprender a surfar e cuidar do corpo e da mente, o Águas de Gaia promove a conexão com o oceano e com o meio ambiente. Dessa maneira, as vivências envolvem não apenas a prática na água, mas também oficinas e ações em terra. "Ser surfista vai muito além de se equilibrar em uma prancha. É preciso entender o oceano como um todo, observar o entorno", conta Yandressa Karine, engenheira ambiental e instrutora do projeto em Guarapari (ES). “Falamos sobre a responsabilidade de entender onde estamos e como é esse ecossistema para respeitá-lo”, completa.
Em Guarapari, Yandressa propôs o desafio 5 Minute Beach Cleanup, um método internacional que propõe à pessoa usar cinco minutos de seu tempo para limpar a praia. “É um caminho muito legal para sensibilizar uma pessoa que nunca limpou uma praia antes. O interessante é que geralmente elas esquecem o tempo e acabam entrando em uma meditação ativa, como o que acontece com o surf quando estamos no mar”, conta Yandressa.
Para fomentar essas ações ambientais, o Águas de Gaia tem contado com parcerias nas ações do Projeto Verão. Em Guarapari, em conjunto com a EDP, fez a ação “Bike Energia”, uma bicicleta interativa na qual cada pedalada era transformada em energia elétrica. Já em São Sebastião, contará com a parceria do projeto “Desengarrafando Mentes”, que promove a transformação por meio da fabricação de pranchas com matéria-prima vinda de resíduos sólidos coletados nas praias, assim, preservando o meio ambiente e promovendo dignidade por meio do esporte, da arte, da cultura e cidadania.
Na manhã do dia 13 de março, quem passar pelo espaço do Águas de Gaia na praia de Juquehy poderá participar do mutirão de limpeza promovido em conjunto com o projeto Desengarrafando Mentes. Por uma hora, serão coletados resíduos encontrados na praia, que serão separados, pesados e destinados para a Associação de Amigos de Juquehy, que já faz esse trabalho em parceria com a prefeitura. Já as latas de alumínio serão enviadas para a associação Recicla Lata Juquehy.
De mulheres para mulheres
O projeto é totalmente feito para e por mulheres: desde a coordenação até as instrutoras e cuidadoras. Além da equipe fixa, o projeto trabalha com voluntárias, que ficam responsáveis por manter as práticas. “Ensinamos para mulheres que já têm familiaridade com o mar a metodologia Águas de Gaia. A ideia é que elas continuem oferecendo as aulas e as vivências mesmo depois que nós formos embora”, completa Cristiane.
O projeto teve início em 2021 e já passou por São Gonçalo do Amarante (CE), Guarapari (ES) e Serra Grande (BA), somando mais de 50 vivências já realizadas e 500 mulheres atendidas. “A ideia é levar o surf para mais mulheres, e de graça, o que foi possível graças à Lei de Incentivo ao Esporte e todo o apoio do Grupo EDP que permitiu levarmos isso para mais mulheres ao redor do Brasil”, conclui Cris.
Como se inscrever
Cada mulher ou ONG que tenha interesse em participar, pode entrar em contato pelas redes sociais oficiais do projeto: @aguas.de.gaia, no Instagram, onde há um link direto para as inscrições.
Sobre o Águas de Gaia
Águas de Gaia é um projeto social que oferece aulas de surf e stand-up paddle somadas a práticas corporais, sempre de mulheres para mulheres. As instrutoras são contratadas localmente e passam por uma capacitação na metodologia própria do Águas de Gaia, fomentando a geração de renda comunitária. Além das vivências gratuitas, o projeto garante, para as mulheres atendidas, transporte, alimentação e acolhimento dos seus filhos na praia. O convite é para que elas tenham um momento de conexão consigo, com a natureza e realizem o sonho de aprender a surfar.
Sobre o Instituto Incentivar
O Instituto Incentivar Esporte e Cultura nasceu em 2013 por meio da união entre profissionais e entusiastas de diversos campos de atuação em esporte e cultura, com o intuito de somar forças e a experiência de cada um e cada uma no sentido de propor, incentivar e viabilizar projetos que impactem a nossa sociedade. Desde então, esteve envolvido com a realização dos projetos Virada Esportiva Inclusiva (Campinas 2019), Manobra da Virada e Manobra do Bem (edições de 2017 e 2018, em parceria com a reconhecida ONG Social Skate). Este foi o ponto de partida na história do Instituto em iniciativas esportivas como cenário para a inclusão social.
Sobre o IEDP
Desde que foi fundado em 2009, o Instituto EDP já investiu mais de R$ 130 milhões em projetos socioculturais que beneficiaram mais de 3 milhões de pessoas, em aproximadamente 450 programas espalhados por todo o país. Somente em 2020, iniciativas apoiadas pela organização favoreceram mais de 400 mil moradores das comunidades do entorno das áreas de atuação da companhia. O Instituto EDP tem como responsabilidade estruturar os investimentos e as iniciativas sociais da EDP em frentes ligadas à valorização da Língua Portuguesa, à educação, ao desenvolvimento local com geração de renda, ao empreendedorismo e ao voluntariado, por meio do esporte, cultura e saúde.
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