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Guerra na Ucrânia traz jogadores brasileiros de volta ao Brasil

7 de Março de 2022

A tragédia que se abateu sobre a Ucrânia após a invasão militar russa que começou no dia 24 de fevereiro fez com que diversos jogadores brasileiros que atuavam no futebol ucraniano tivessem que, literalmente, fugir do país. De volta ao Brasil, esses atletas podem aquecer o mercado brasileiro e é sobre isso que nós da www.betsonly.net falaremos hoje.

Brasileiros do Shakhtar celebram Supercopa da Ucrânia | Foto: Pavlo Bahmut/ Ukrinform/Barcroft Media via Getty Images 

Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou diversos ataques militares contra a Ucrânia, iniciando uma guerra no centro da Europa. Devido a isso, centenas de milhares de pessoas foram obrigadas a fugir do país, entre elas, diversos atletas profissionais, incluindo, futebolistas brasileiros. Nunca é demais lembrar que a Ucrânia é sede de diversos times de futebol com fama internacional, como o Dínamo de Kiev, o SC Dnipro-1, o Metalist e, principalmente, o Shakhtar Donetsk. Esse último possui um longa tradição de contratar jogadores brasileiros o que, inclusive, fez com que ele se tornasse o clube ucraniano mais bem sucedido na história recente do futebol do país. Só para se ter uma ideia, atualmente, 11 jogadores brasileiros defendem as cores do clube, isso sem contar Júnior Moraes, que apesar de nascido e crescido no Brasil, é naturalizado ucraniano e defende a seleção do país. Portanto, existe um enorme contigente de jogadores brasileiros atuando no futebol ucraniano. E mais, a maioria desses atletas são futebolistas talentosos que se destacaram no Brasil e por isso despertaram o interesse dos clubes ucranianos.

Alguns dos jogadores mais famosos atuando na Ucrânia, são: David Neres, que se destacou no Ajax da Holanda e tem, inclusive, passagem pela seleção brasileira; Alan Patrick, meio-campista que atua no Shaktar há mais de 10 anos é um dos principais nomes do time e Pedrinho, que se destacou bastante no Corinthians. Isso só para citar alguns poucos. Esse jogadores, obviamente, tem mercado no Brasil, até porque na Europa a maioria das ligas já está com suas janelas de transferências fechadas, o que impede que seus clubes assinem com nossos atletas. Portanto, para esses jogadores, o Brasil parece ser uma boa opção para aqueles que querem continuar a jogar nos próximos meses. As condições que os trouxeram ao Brasil, contudo, fazem com que as negociações sejam um pouco mais difíceis que o normal. Até porque, a maioria desses jogadores ainda têm contrato com os clubes ucranianos que eles defendiam antes da guerra.

Neres, que é provavelmente o atleta mais destacado entre os que jogavam na Ucrânia, já recebeu sondagens do São Paulo, clube que o revelou em 2016. “A gente conversou com o David Neres. Uma consulta para entender nesse momento. A coisa ainda está muito crua, a informação é de uma venda. Se tiver intenção de que o Neres saia por uma temporada pagando parte do salário, a gente pode conversar”, disse Carlos Belmonte, diretor de futebol do clube. Outro que recebeu sondagens foi Vitinho, que joga no Dínamo de Kiev e que foi revelado pelo Athlético Paranaense. Assim que chegou ao país, ele passou a treinar no CT do Furação e além do próprio clube que o revelou, o Internacional e outros dois clubes grandes brasileiros estariam interessados em ter o atleta em seu elenco.

Paulinho, jogador revelado pelo Corinthians também teria interessados em seu passe, incluindo, o seu próprio clube de origem. O atleta, contudo, não quis se manifestar sobre o assunto.

Além disso, até mesmo jogadores braisleiros atuando na Rússia (como o atacante Yuri Alberto, por exemplo, recém-contratado pelo Zenit São Petersburgo) podem ter que voltar ao Brasil, já que as duras sanções impostas aos russos pela comunidade internacional, podem dificultar bastante a vida no país e até mesmo inviabilizar a continuidade do Campeonato Russo. Até porque, todos os clubes russos foram impedidos de competir em competições internacionais. Além disso, as sações econômicas impostas contra a Rússia, podem impedir os russos, até mesmo, de realizarem atividades diárias cotidianas como sacar dinheiro, viajar de avião e até mesmo comprar roupas, móveis e alimentos. Nesse cenário, é difícil imaginar que futebolistras estrangeiros permanecerão no país.

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