Duda, de 17 anos, é uma das dezenas de vítimas que estavam no Morro da Oficina. Madrinha dela e a neta, de 1 ano, também foram achadas mortas, todas juntas no sofá.
A mãe que procurou a filha com uma enxada nos escombros de um deslizamento em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, não conseguiu liberar o corpo da adolescente até o início da noite desta quarta-feira (16/2). Gisélia de Oliveira Carminati foi orientada a procurar o IML de Petrópolis nesta quinta-feira (17/2) para concluir o trabalho de identificação e liberação da jovem.
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Mãe cavou na lama, na tentativa de resgatar a filha de 17 anos | Foto: Reprodução |
Após receber informações divergentes no IML sobre a identificação da vítima, a família da menina deixou o IML sem conseguir liberar o corpo.
A mãe saiu ainda de madrugada, de Juiz de Fora, a cerca de 120 quilômetros de Petrópolis, para buscar pela filha. Usou as mãos e outros objetos para tentar escavar. Chegou a perder a unha de tanto tentar cavar.
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Maria Eduarda, a Duda, de 17 anos, é uma das vítimas da tragédia em Petrópolis | Foto: Reprodução |
Gizelia contou que Duda foi encontrada no sofá abraçada à madrinha, Tânia, e à neta dela, a bebezinha Helena, de 1 ano. Gisélia também criticou a demora do Corpo de Bombeiros para o resgate da filha.
Mais cedo, Gizelia cobrava ajuda para tentar achar os parentes. “Tem que mexer, mas ninguém tá mexendo. É uma bebê de 1 ano sem respirar debaixo dessa lama. Você consegue?”, questionou.
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Gizelia postou em redes sociais a mensagem sobre a morte da filha Duda | Foto: Reprodução/Instagram |
Duda era uma das dezenas de soterradas no Morro da Oficina, um dos locais mais devastados pela chuva em Petrópolis. Em seis horas, choveu o previsto para todo o mês de fevereiro. Segundo os moradores, uma estamparia e um bar estavam em pleno funcionamento no começo do temporal.
As buscas na região chegaram a ser interrompidas por conta do risco de um deslizamento de pedras, mas logo foram retomadas.