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Recém-nascida é encontrada viva em lixeira

14 de Fevereiro de 2022

Homem ia pescar na praia com um amigo, quando ouviu barulho de choro vindo de uma lixeira.

Na manhã do último domingo (13/2), no Grande Recife-PE, uma recém-nascida que ainda estava com o cordão umbilical foi encontrada por um mecânico que ouviu o barulho do seu choro. As informações são do site Jornal de Brasília.

Foto: Reprodução/WhatsApp

“Eu ia pescar na praia com um amigo, por volta das 4h30, quando ouvi um barulho. Quando me aproximei da lixeira, vi a bebê, que estava dentro de uma caixa de papelão, enrolada em um lençol. A menina ainda estava ensanguentada”, conta o mecânico Luiz Paulo Silva Santos, de 35 anos.

O homem rápidamente prestou socorro a bebê, levando-a até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Cabo de Santo Agostinho-PE e, logo depois, acionou a Polícia Militar. “Sou pai e fiquei emocionado com o que vi. Não acreditei naquela imagem que estava vendo”, conta Luiz Paulo Silva, que demonstrou interesse em adotar a criança.

Através de uma nota a polícia informou que os “militares do 18º Batalhão foram acionados para a ocorrência e constataram a veracidade dos fatos”.

Logo em seguida, a menina foi transferida para o Hospital Infantil do Cabo e, posteriormente, para a Maternidade Padre Geraldo Leite Bastos, que fica em Ponte dos Carvalhos, e é referência no município em acolher recém-nascidos.

Apesar de estar bem, a bebê permanece internada na unidade de saúde. “Por volta das 6h40, fizemos os primeiros exames. É uma ‘bebezinha’ bastante ativa, mas está bem magrinha. Ela está ótima e é uma ‘guerreirinha’ que veio para esse mundo lutando bastante”, conta Nathalia Duarte, médica que realizou os primeiros atendimentos.

Ainda de acordo com a médica, a bebê receberá todos os cuidados necessários no centro de referência do município. “Já que ela foi achada no lixo, vai passar por toda a investigação necessária para saber se tem alguma infecção ou outra alteração”, conta Nathalia Duarte.

A unidade de saúde acionou o Conselho Tutelar do município para acompanhar as transferências da bebê. “Quando não tem responsável, a gente vem até o hospital. Depois que a bebê receber alta, o Ministério Público e a Vara da Infância de Juventude passam a ter responsabilidade pela criança”, conta o conselheiro Luciano Luiz da Silva.

Segundo o conselheiro, o homem que encontrou a criança demonstrou interesse em realizar a adoção. “Infelizmente, não pode. A criança vai para a adoção, mesmo ele querendo adotar a criança. Não pode porque, hoje, existe todo um procedimento na Justiça”, conta.

Os genitores da criança ainda não foram localizados. “Não sabemos informações da família da criança. A gente não sabe se a mãe é adolescente ou adulta”, diz o conselheiro tutelar. Através de uma nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que está investigando o caso do bebê abandonado.

“O caso foi registrado neste domingo (13), na Delegacia do Cabo de Santo Agostinho e será instaurado um inquérito policial para apurar”, diz a nota.

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