"Pandeiro" é o primeiro dos três álbuns do projeto.
Capa disco Art Popular, Batuque de Magia. | Foto: Divulgação |
OUÇA: BATUQUE DE MAGIA - PANDEIRO
ART POPULAR - BATUQUE DE MAGIA (VIDEOCLIPE OFICIAL)
A capa de “Batuque de Magia”, 20º disco do Art Popular, é a prova de que uma imagem vale por mil palavras - os seis integrantes de um dos principais conjuntos de samba do Brasil, vestindo máscaras e empunhando instrumentos tradicionais do gênero, conta o que os fãs podem esperar das 24 faixas (23 inéditas) que o compõem.
O primeiro volume, que sai agora em 17 de dezembro, traz oito dessas inéditas e uma regravação de trabalho solo de Leandro Lehart, que também assina a produção do álbum junto a Milton Manhães - “Samba de Pereira”, que saiu no disco “Sambadelik”. A faixa "Batuque de Magia" chega acompanha de clipe. Assista aqui.
As canções recolocam o sexteto no samba de raiz, que moldaram a construção do conjunto no longínquo 1984.
Sim, o primeiro trabalho de inéditas desde a volta de Leandro Lehart ao grupo, em 2017, é a marca da longevidade do Art Popular, que nessa caminhada já mesclou diversos gêneros ao pagode que os caracteriza, como funk e forró em 1995 (“Temporal”) e até música eletrônica em 1998 (“SambaPopBrasil”).
É propriamente um disco que retrata as origens puras do samba que os encantou na década de 1980 e que os levou até mesmo a batizar o combo inspirados por canção de Jorge Aragão, “Coisa de Pele”. Tem a sonoridade tradicional mas ao mesmo tempo é moderno e inovador, mesclando tudo em alegria.
Tanto que antes do lançamento já bateu dígitos milionários de curtidas e elogios de pessoas importantes da indústria como o produtor Alexandre Kassin (“O disco mais interessante que ouvi nos últimos 15 anos”), do cantor e compositor João Martins (“muita coragem e ousadia”) e do radialista João Carlos Filho (“o disco que o samba estava precisando”).
Entre os convidados, estão ícones da produção do estouro do gênero nos anos 1990, como Bira Haway e Prateado. Sem contar o próprio co-produtor Milton Manhães, que participa de “Marlene Pega a Viola”, e o ex-Fundo de Quintal Cléber Augusto, que toca violão em “Interminável”.
Art Popular. | Foto: Gabriel Braga |
Ainda a imagem de capa dá a pista do que virá pela frente, nos dois outros discos que compõem o “Batuque de Magia”. Este primeiro tem o codinome “Pandeiro”, enquanto os seguintes são “Cavaquinho” e “Tan Tan”.
Todos instrumentos em destaque nas mãos de Denilson Franco, Evandro Art, Leandro Lehart, Malli, Ricardo Lima e Tcharlinho.
São as armas a prestar homenagem tanto ao já citado Jorge Aragão quanto a Dona Ivone Lara, Roberto Ribeiro, Marçal, entre outros. Além da dedicatória póstuma a Ricardo Eli Baldino, o Rick Lobisomem Batera.
Viajando no tempo e trazendo a imagem de capa aos tempos pandêmicos atuais, pelas máscaras que os seis vestem, temos também o primeiro disco no Brasil que foi mixado em Dolby Atmos, que forma sonoridade espacial e uma experiência no ouvinte de mergulho sonoro pleno por meio dos fones de ouvido.
Ao fundo na imagem temos o Centro Cultural São Paulo, de onde Leandro é diretor e a lembrança de que o disco foi gravado ao vivo em maio deste 2021 no Lehart Studios. E também a referência de que a música “Axê Meu Camisa Axê” samba de enredo vencedor do Carnaval de 2020 da agremiação Camisa Verde-e-Branco não foi para a avenida ainda porque o coronavírus não permitiu.
Só que o ano termina com disco de novidades e o novo ano começa com a promessa de mais dois trabalhos do Art Popular. E dizem que as coisas só acontecem no Brasil depois do Carnaval.