Depois de muita espera, finalmente as confraternizações de fim de ano estão liberadas. Se para muitos este era um momento tão aguardado, para outros, um misto de emoções nem sempre positivas tem feito parte deste cenário.
Glenda Kozlowski. | Foto: Divulgação |
A verdade é que os dias de descanso entre o Natal e Ano Novo podem ser repletos de alegrias e reencontros, mas também podem ser eventos estressantes e especialmente desafiadores, cheios de ansiedade e até mesmo depressão.
Sim, apesar de poucos darem voz a este sentimento, este é um tema importante, que precisa ser discutido e está aqui, mais presente do que nunca.
É difícil quantificar o aumento nos casos de depressão e ansiedade devido à falta de dados específicos. Entretanto, este fenômeno já é conhecido como “Síndrome do Fim de Ano”, um termo associado a estes problemas que, comprovadamente, já acontecem com maior frequência durante o fim de novembro até o último dia de dezembro.
Para sobreviver ao fim do ano sem comprometer a saúde mental, um dos principais movimentos é conseguir olhar pra dentro, se observar, entender os sinais de que algo não está bem. Nem sempre é fácil. Infelizmente, ainda há estigma grande e muito preconceito, além da própria culpa, que muitas vezes insistimos em carregar.
Levante a mão quem nunca se perguntou por que está se sentindo triste, mesmo com tantos convites para confraternizar no Natal. Quem preferiu inventar uma desculpa para não estar presente em algum evento. Ou ainda quem teve insônia no fim do ano, pensando na longa lista de tarefas necessárias para atender a tantas demandas típicas desta época do ano. Acredite: a maioria das pessoas passa por tudo isso e quase sempre em silêncio.
As consequências são pessoas mais nervosas, cansadas, ansiosas e até mesmo com dores que insistem em não ir embora. Pareceu familiar? Por isso, é preciso aprender a respeitar os próprios limites. Sem medos, inseguranças ou culpa.
O segredo para conseguir é ser mais realista com a sua necessidade. Saiba que dizer não também faz parte da vida. Não se sente bem em ir a determinado evento? Então explique que não será possível. Organize um calendário viável para suas ações, abrindo espaços na programação para promover o seu autocuidado. Certifique-se de priorizar rotinas regulares de alimentação saudável, exercícios, meditação, hidratação e descanso. Planeje de acordo com suas prioridades e não as dos outros.
Por fim, busque ajuda profissional quando as coisas ficarem pesadas demais. Quem sabe fazer de você a sua própria prioridade não seja a primeira mudança importante e necessária em 2022?
Artigo assinado por Glenda Kozlowski, Diretora de Comunicação da HSPW, uma plataforma de saúde preventiva voltada para o meio corporativo.