Whatsapp, Facebook, Twitter, entre outros, se tornam referência na procura por informações
A Badra Pesquisas ouviu mais de 3 mil moradores de nove cidades diferentes que responderam suas preferências na hora de pesquisar por alguma informação desconhecida por eles. O aplicativo referência e mais citado por todos os entrevistados na Baixada Santista foi o WhatsApp, com 23,9%. Em sequência vem a televisão (21,8%), o Facebook (16,3%), o Instagram (16,1%) e sites de notícia (11,6%). Por fim temos o Youtube (3,9%), os jornais impressos (1,7%), o rádio (1,7%) e o Twitter (1,3%).
Diante desses dados podemos analisar e refletir que cada vez mais as mídias tradicionais de comunicação vão perdendo seu espaço para ass mídias digitais. Somados, os aplicativos têm a preferência de seis em cada dez pessoas, e isso sem levar em consideração os que recorrem aos portais de notícia, preponderantemente acessados a partir de dispositivos móveis, como o celular.
“A verdade é que as mídias sociais, já há alguns anos, colocaram em xeque a sobrevivência dos veículos tradicionais, o que não se limita só aos jornais, incluiu também o rádio e a televisão. E por conta disso, os grandes grupos de comunicação estão transferindo seus legados para os meios digitais. Essa, aliás, é uma travessia sem volta”, reflete Maurício Juvenal, especialista em análise de dados e coordenador da área de pesquisa da Badra.
Segundo o pesquisador, a tendência é que as mídias sociais conquistem ainda maior espaço junto ao público. “E não adianta resistir. Hoje, a máxima distância que pode existir entre a informação e o público é aquela que equivale ao espaço entre os olhos e a palma da mão. O caminho não é outro senão o da coexistência”, afirma.
Para Maurício, as redações junto com os veículos tradicionais não tem acompanhado a mudança de gosto do público consumidor de informação “O critério de proximidade na seleção do que é notícia nunca foi tão importante. O problema é que os veículos continuam insistindo no mesmo assunto em termos de conteúdo, enquanto o público busca mais prestação de serviço e leveza, assuntos que de verdade impactem sua vida e seu cotidiano, temas que estejam no seu rol direto de interesse e que ele possa acessar”.
No levantamento da Badra, a partir de respostas espontâneas, lazer, turismo e esporte dominaram o cenário com 31,9% das intenções. Pautas locais e de cidades têm o interesse de 9,2% dos entrevistados, ou seja, 40,1% contra mirrados 13,1% de política e governos. “O recado está dado. Quem souber ouvir e produzir conteúdos que estabeleçam empatia com quem consome vai certamente ganhar em audiência”, explica o homem.
Alias, 1/4 dos entrevistados responderam que passam entre uma e duas horas por dia consumindo informação. Outros 24% são ainda mais intensos e gastam entre duas e cinco horas se informando, assistindo ou acessando conteúdos diversos. Mas o dado que chama mais atenção é que 15% dos ouvidos na pesquisa afirmam passar mais de oito horas por dia interagindo com informação jornalística: dá um 1/3 do dia, inclusive levando em conta o tempo que essas pessoas passam dormindo.
Resistentes
Mesma em meio a esse cenário de dominância digital, a televisão faz um papel de resistência muito forte e tem conseguido se adaptar para atrair o público cada vez mais, inclusive o público que consome internet. Mesmo sendo hoje o canal de comunicação mais utilizado por apenas duas em cada dez pessoas, a situação é muito melhor se comparada com os meios impressos e o rádio, por exemplo.
Atualmente, a região da Baixada Santista conta com sete principais canais televisivos e que produzem informação e conteúdo diariamente. A TV Tribuna lidera isoladamente este ranking em todos os municípios da região, com 43,6% a 43,9% de preferência entre os entrevistados.
Na sequência aparece a Record TV Litoral, com 22,4% e 24,7%. Numa espécie de terceiro bloco estão a TV Thathi Band e a VTV SBT, que disputam juntas o terceiro lugar. A Thathi Band leva pequena vantagem tanto em termos de ser assistida (7,3%), como de produzir melhor conteúdo (6,3%) em relação à VTV SBT, que registra 7% e 5,9%. Vale lembrar que ambas as respostas se deram de modo espontâneo, a partir do sentimento dos entrevistados. A TV Cultural Local, Santa Cecília TV e ISTV também pontuaram e o caderno completo com os resultados pode ser acessado no site da Badra (www.badracomunicacao.com.br) a partir desta quinta-feira, dia 28.
Ainda, segundo a pesquisa, a TV Tribuna é a preferida por 27,4% dos entrevistados. Na frente dos outros telejornais da mesma emissora aparece o Balanço Geral Litoral, com positivos 18,9% das menções e garantindo, assim, um certo equilíbrio democrático no conteúdo disponibilizado para o público da Baixada Santista.
“A pluralidade de vozes no jornalismo é indispensável, fazendo um bem danado à democracia. De certo modo TV Tribuna e Record Litoral duelam favoravelmente ao público, quando têm quatro de seus telejornais nas primeiras posições e de modo intercalado”, afirma Maurício Juvenal.
“Olha a hora, olha a hora”. O famoso bordão do apresentador Luciano Faccioli, que comanda o Litoral Urgente na TV Thathi Band, parece ter conquistado o coração e a lembrança do público. Para 10,7% dos que participaram da pesquisa Badra, Faccioli é o apresentador que mais gostam de assistir. A pergunta, estimulada por meio de disco de pesquisa que propôs 13 nomes, traz, na sequência, na ordem de preferência, os apresentadores Rodrigo Nardelli (9,8%), Tatyana Jorge (8,5%), Alexandre Furtado (7,1%), Melissa Paiva (6,0%), Paulo Mansur (4,5%), Victor Faccioli (2,3%), Roberta Lemos (1,0%), Valéria Chagas (0,8%), Natalie Nanini (0,6%), Marina Maimone (0,5%), Irineu Alves (0,3%) e Jean Sgarbi (0,3%).
Entre os portais locais de notícia, estão: G1 Santos e Região e A Tribuna detêm 51,3% da preferência dos moradores da Baixada Santista. O terceiro lugar, o site da Jovem Pan – Baixada, tem 2,1% das citações. O BS9 News aparece na sétima posição, com 0,7% das menções, atrás do CNN Brasil Baixada, do Diário do Litoral e do Santa Portal. Foram citados, ainda, na ordem, Acontece Digital, Jornal da Orla, Costa Norte, OR8, BoqNews, ISN Portal, entre outros.
E a credibilidade dos veículos regionais de comunicação? Pois é. Apenas 13,5% dos entrevistados responderam que confiam totalmente nas informações divulgadas, contra 15,5% que não confiam de jeito nenhum. A grande maioria, 70,3%, disse confiar parcialmente.
“A verdade é que os meios de comunicação, que já tiveram muito poder no sentido de influenciar a opinião das pessoas, inclusive elegendo presidentes da república, hoje são olhados com imensa desconfiança pelo público. Esse é o terceiro fator, somando a mobilidade das mídias sociais e a seleção de notícias, que fez com que os meios tradicionais de comunicação perdessem força e prestígio”, conclui então Maurício.
Fonte: redação BS9