Por Anderson Souza : administrador hospitalar do Madrecor Hospital
Em tempos de pandemia, a Telemedicina se tornou uma importante aliada no enfrentamento da covid-19. Entretanto, o ambiente digital possui desafios inerentes, especialmente na área hospitalar que envolvem dados potencialmente sensíveis de pacientes, como prontuários, estado de saúde, laudos de exames, tratamentos realizados, histórico clínico, medicação indicada, entre outros.
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Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) chegou para sistematizar a segurança da informação, sobretudo no que diz respeito à coleta e tratamento de dados das pessoas. O objetivo é evitar riscos de vazamento, abusos de empresas que coletam dados de maneira indevida e cyber ataques que possam colocar informações pessoais nas mãos de criminosos que possam provocar incidentes indesejados.
Para nós que atuamos com gestão hospitalar pode parecer um desafio gigantesco, mas a implementação da LGPD deve ser encarada como uma oportunidade de estruturar um programa efetivo e eficaz de governança, com reflexos positivos para toda a organização. Isso requer engajamento da equipe, mudança na cultura organizacional, investimento e adaptação técnica, entre outras coisas.
Podemos elaborar termos de consentimento que informem aos nossos pacientes como tratamos e armazenamos seus dados e implantar sistemas com mecanismos de proteção, como a criptografia, por exemplo. Além disso, precisamos ter atenção a possíveis falhas humanas e para diminuir os impactos deste fator, investir em treinamento direcionado é primordial.
Não precisamos temer à LGPD na saúde; ela é apenas uma forma de garantir sigilo e integridade aos pacientes. Implementá-la de maneira adequada proporciona um tratamento mais humanizado e consciente e nos coloca em conformidade com as leis inerentes ao assunto. Em outras palavras, precisamos encarar esse desafio como uma grande oportunidade de otimizar nossos serviços.
