O CEO do portal Cartão de Visita News, Zacarias Pagnanelli, entrevistou a Dra. Renata Gil, presidente da AMB.
Renata Gil foi a primeira mulher a disputar a presidência da AMB, eleita com a maior votação da história. Não foi sua estreia como pioneira: ela também foi a primeira mulher a concorrer e presidir por dois mandatos a Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (AMAERJ), a primeira juíza brasileira a avaliar um país no Grupo de Ação Financeira da América do Sul contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo, a primeira juíza estadual a participar da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (ENCCLA) e idealizou no Rio de Janeiro a Central de Assessoramento Criminal (CAC) - iniciativa reconhecida como modelo pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
É palestrante de cursos para juízes e promotores em Angola no combate à corrupção e lavagem de dinheiro. Juíza titular da 40ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), ao longo da carreira atuou em casos de grande repercussão como o da herança da Mega Sena (2007) e a Operação Propina S/A (2008/2009), que envolveu empresários, políticos e fiscais de renda. Justiça brasileira. O primeiro cargo ocupado na AMB foi na vice-presidência de direitos humanos (2011-2013), seguido pelo de vice-institucional (2017-2019). Coordenou a pesquisa da AMB “Quem somos. A magistratura que queremos” realizada em conjunto com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
Integra o grupo de trabalho criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que institui a Política Nacional de Incentivo à Participação Institucional Feminina no Poder Judiciário e organizou durante três anos o Prêmio Patrícia Acioli de Direitos Humanos. Em 2018, ganhou o prêmio Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós da Câmara dos Deputados. À frente da AMB desde dezembro de 2019, a presidente preza pelo diálogo franco com o parlamento e os tribunais superiores. Em sua gestão, predominam a defesa da independência dos juízes, a conexão direta com a sociedade e o protagonismo em campanhas que mostram a importância do trabalho da Justiça.
Durante a pandemia de Covid-19, idealizou a campanha #ajustiçanãopara de valorização do trabalho da magistratura, com mais de 6 mil publicações nas mídias sociais, também lançou a Campanha Sinal vermelho contra a violência doméstica em parceria com o CNJ e apresentou ao Congresso Nacional o Pacote Basta proposta que congrega diversas alterações normativas orientadas a mudar este assustador e dramático panorama de discriminação e violência sofrido pelas mulheres brasileiras, o pacote prevê a normatização da “Campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica.