A pressão sobre os planos de saúde para segurar o aumento de preços na pandemia subiu um tom
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se reuniu nesta sexta (07/05) com o diretor do Procon-SP, Fernando Capez, e ouviu a argumentação do órgão paulista de que falta transparência nos reajustes do planos coletivos.
No mês passado, Capez entrou com ação civil pública contra a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para tentar impedir os aumentos.
"O ministro concordou em estabelecer uma diretriz geral exigindo maior transparência. Haverá consulta pública da qual o Procon participará com sugestões. A expectativa é de uma mudança no sistema para que o consumidor saiba o que está pagando e por que os reajustes estão ocorrendo, o que é verba de administração, corretagem e o que é efetivamente despesa que tem de ser ressarcida porque houve aumento de custo", disse Capez.
Segundo ele, os dados abertos pelas operadoras e administradoras dos planos de saúde não explicam satisfatoriamente os reajustes dos planos coletivos.
"Hoje, o sistema é totalmente oculto, fechado, é uma caixa-preta, e o consumidor paga mais por isso", afirma.