Por Anderson Souza
Administrador especializado na área hospitalar
Assim como um equilibrista, sincronizando vários “copos” em apenas duas mãos, está a atuação do gestor hospitalar neste início de 2021, em relação ao caos provocado pela pandemia em nosso país. Desta vez, todas as instituições de saúde ainda tentam se “salvar” diante a sua missão mais soberana, de salvar a vida do paciente.
Leitos lotados, insumos escassos, falta de habilidades profissionais para atender toda a demanda exigida nesta fase mais letal, mais exaustiva e sobretudo, mais penosa ao sistema de saúde brasileiro. Ninguém está ileso. Ninguém está numa situação mais priveligiada. A verdade que nós, administradores hospitalares, tivemos que acionar o EMERGÊNCIA, sem olhar para trás, com o único objetivo: dar conta de todo este cenário. E para isto, na minha experiência, da noite para o dia aumentamos mais de 10 leitos no hospital; remanejamos equipe; contratamos profissionais, negociamos com laboratórios, cumprimos as normas do Ministério Público local para o adiamento de cirurgias eletivas e com as diretrizes da Prefeitura.
Gerir o caos epidêmico tem sido um tanto desafiador para todas as instituições de saúde, e recordo-me uma das frases do Pai da Administração Hospitalar no Brasil, Niversindo Querubin, “a administração hospitalar está muito conectada com a capacidade que o gestor tem de administrar e solucionar vários conflitos, sempre com o foco nas saúdes: do paciente e da própria instituição”.
A frase sábia – uma das - de Querubin ressalta o que acredito na vivência de ser administrador hospitalar. Ser resolutivo, perspicaz e no incêndio ligar a EMERGÊNCIA para continuar na missão do cuidado, tem sido, o alicerce para viver um dia após o outro. Para saber priorizar emergências e sobretudo, para salvar vidas.