A chegada do outono é marcada, principalmente, pela diminuição da umidade do ar, que pode influenciar nos quadros de doenças respiratórias. Diante do cenário, que é agravado pela pandemia da Covid-19, os especialistas da área de saúde reforçam a necessidade de cuidados.
De acordo com o médico pneumologista Pedro Luiz Pompeu da Silva, do Grupo São Francisco, que faz parte do Sistema Hapvida, com a mudança de temperatura e umidade, o sistema natural de defesa dos pulmões fica prejudicado, já que o ar seco dificulta os movimentos ciliares das vias respiratórias e reduz a dissipação de substâncias poluentes.
Médico pneumologista Pedro Luiz Pompeu da Silva, do Grupo São Francisco |
"As doenças respiratórias, em decorrência da poluição, provocam cerca de 5 milhões de mortes por ano no mundo. Por isso, nos próximos meses é necessário redobrar os cuidados com a saúde respiratória", afirma Silva.
O médico relata que a adoção de cuidados simples auxilia na prevenção e na qualidade do ambiente e do ar que respiramos. "Não ouse sair de casa, para qualquer coisa, sem máscara. Dentro de casa usar um umidificador, adotar uma dieta saudável e com bastante líquido, além de lavar as narinas diariamente, que são as portas de entrada para o pulmão", orienta.
Em virtude da pandemia da Covid-19, o pneumologista do Grupo São Francisco ressalta ainda que as pessoas que passam por tratamentos de doenças no sistema respiratório devem ter cuidado em manter o quadro controlado.
"Quem já sofre com doenças como rinite, asma, enfisema ou bronquite crônica deve tomar os cuidados para manter o quadro controlado evitando saídas de casa e idas à emergência dos hospitais. Por isso, é importante ter o tratamento ajustado para não ficar exposto a outra doença nos ambientes externos", explica Silva.
O médico ainda orienta que os cuidados em relação à prevenção da Covid-19 devem ser mantidos por toda população, já que a doença também agrava eventuais problemas e doenças existentes no sistema respiratório
"Com o surgimento dessas novas variantes é importante triplicar os cuidados que já vem sendo tomados como o uso da máscara, evitar aglomerações e a higienização das mãos com álcool em gel ou água com sabão. Neste momento, estamos diante de um inimigo bem mais poderoso que tivemos contato nesses meses. Quem já vem tomando esses cuidados deve caprichar um pouco mais. No entanto, quem não toma as medidas de prevenção devem refletir bastante sobre as suas atitudes porque o que estamos vendo no Brasil e no mundo é uma situação preocupante", aponta o médico.