Está pensando em comprar um imóvel? Levantamento feito pela Imovelweb, mostra que um apartamento de 65 metros quadrados, com dois quartos e uma vaga na garagem na capital de São Paulo, custa, em média, R$ 408,2 mil.
Os dados da plataforma online de compra e venda de imóveis foram coletados em janeiro e também apontam que o valor é 0,2% maior do que o praticado em dezembro do ano passado e aponta um crescimento de 2,3% no acumulado dos últimos 12 meses.
Em janeiro, o custo médio do m² na capital paulistana foi de R$ 6.283. Por esse valor era possível comprar um apartamento padrão de 65 m², com dois quartos e uma vaga na garagem.
No mesmo período, um apartamento de 95 m², com três quartos e uma vaga na garagem custava R$ 596,6 mil.
O levantamento mostrou que os imóveis localizados em bairros da zona norte e na região central da capital, como Sítio Morro Grande, Canindé e Vila Diva estão mais baratos:
Zona Norte:
• Sítio Morro Grande: R$ 4.204/m² (queda de 19,3% no preço nos últimos 12 meses); e
• Vila Diva: R$ 6.252/m² (recuo 17,3% no preço no mesmo período).
Centro:
No Canindé: R$ 5.449/m² (baixa de 18,5% em um ano).
Ao contrário do que se apresentou no centro e na zona norte, os imóveis ficaram mais caros nas zonas leste, sul e oeste:
Zona Sul:
Jardim Ângela: R$ 5.198/m² (alta de 19,6%);
Zona Oeste:
Perdizes: R$ 12.429/m² (elevação de 19,6%)
Zona Leste:
Jardim Iguatemi: R$ 4.317/m² (aumento de 19,5%).
O levantamento também mostrou o valor médio do aluguel praticado na cidade. Um imóvel padrão de 65m², com dois dormitórios e uma vaga de garagem sai por R$ 2.058 por mês.
No primeiro mês do ano, as locações registraram um aumento de 0,6% em relação a dezembro de 2020 e de 6% em relação aos últimos 12 meses.
Zona Sul:
Conceição: R$ 1.739/mês (baixa de 25%); e
Jurubatuba: R$ 2.229/mês (queda de 24%).
Zona Leste:
Jardim Anália Franco: R$ 2.257/mês (queda de 20%).
Os bairros que sofreram reajuste foram:
Centro:
Luz: R$ 1.992/mês (alta de 23%);
Zona Oeste:
Butantã: R$ 2.174/mês (aumento de 24%); e
Vila Anglo Brasileira: R$ 2.556/mês (elevação de 24%).
Para Miguel de Oliveira, diretor executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), o momento econômico favorece quem quer comprar a casa própria.
Com a taxa básica de juros (Selic) a 2% ao ano, as condições para o financiamento imobiliário estão bem vantajosas, segundo ele.
Oliveira frisa, porém, que mesmo que alguns indicadores apontem o retorno financeiro de um imóvel como maior do que o rendimento da poupança, é preciso ter cautela.
Segundo o relatório da Imovelweb, em janeiro o índice foi de 5,6% bruto anual. Dessa forma, são necessários 17,7 anos para obter o valor investido no imóvel, 3,6% a menos que há um ano.
O momento atual que se mostra favorável para comprar a casa própria, entretanto, não é o ideal para quem tem dinheiro e quer investir para ter um retorno com o aluguel.
“Com a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, muitos imóveis estão vazios, a inadimplência vem aumentando e as despesas fixas como condomínio e IPTU não param. Não dá para ter certeza de que você terá o aluguel garantido para ter rentabilidade e não ter de arcar com esses”, diz Oliveira.