Viver - Saúde

Conheça o médico brasileiro ganhador do prêmio internacional MIT sobre racismo

12 de Fevereiro de 2021

Com apenas 33 anos, o Dr. Antonio Gomes Lima Júnior é médico neuroradiologista, especializado pelo Hospital Antônio Prudente do grupo Hap Vida e pós graduação pelo Hospital Israelita Albert Einstein.

Recentemente, foi premiado como ganhador do prêmio MIT sobre racismo, uma premiação anual que é realizada pelo instituto que é considerado a melhor universidade do mundo com frequência, por diversos rankings, e já encabeça o ranking da QS há alguns anos e está entre as instituições com o maior número de ganhadores do prêmio Nobel.

Além do prêmio de 100 mil dólares, o médico assinou contrato com Angel Rich, fundadora do Banco CreditRich e eleita em 2020 como uma das mulheres negras mais influentes dos EUA e indicada pela Forbes como a “next Steve Jobs”.

Atualmente, Dr. Antônio Lima Junior mora na região de Manhattan em NY, lugar que foi cenário de algumas personalidades brasileiras como Dom Pedro II, Oscar Niemeyer, Tom Jobim e o ex presidente da república Juscelino.

Ele mudou para os EUA no início de 2020 e acompanhou toda a pandemia desde o início na época em que NY foi o epicentro da doença e logo em seguida todas as manifestações do Black Live Matters.

O médico da a sua visão geral sobre o ano que marcou a história da humanidade:

“A pandemia afetou todas as nossas vidas, mas teve um impacto particularmente devastador nas comunidades menos favorecidas, nos EUA especialmente entre os negros e comunidades de imigrantes. Em apenas um exemplo, em junho, quase um em cada três negros americanos conhecia pessoalmente alguém que havia morrido de COVID-19, em comparação com aproximadamente um em cada dez americanos brancos", explica o neuroradiologista.

O médico comenta sobre os impactos desproporcionais da COVID-19 nas comunidades negras. Trata-se de uma manifestação cristalina das profundas desigualdades raciais que se acumularam ao longo dos séculos de racismo sistêmico nos EUA. Todo esse cenário contribuiu para que milhões de pessoas em todo o mundo levantarem para protestar contra outra manifestação dessas iniquidades: os assassinatos de George Floyd, Breonna Taylor e inúmeros outros negros pela polícia”, enfatiza.

Iniquidades sistêmicas em saúde têm persistido ao longo da história americana. Essas desigualdades continuam a impactar muitos grupos raciais sub-representados e vulneráveis. Historicamente, foi negado a essa população o acesso adequado e equitativo à saúde. A pandemia exacerbou essas disparidades de saúde existentes. As atuais manifestações contra a injustiça racial voltaram a chamar a atenção para essas desigualdades. Esses eventos recentes ressaltam a urgência de ação para abordar o papel que o racismo sistêmico desempenha nas disparidades de saúde.

Comentários
Assista ao vídeo