Por Anderson Souza
Se existe uma palavra que define a pandemia é aprendizado. A humanidade foi impactada pelo Covid-19 e a reinvenção, a criação do novo no meio do caos se fez necessária.
Para nós, administradores hospitalares, não foi diferente. De um dia pra noite, fomos obrigados a gerir: equipes, comprar EPI´s, cortar cirurgias eletivas, criar um novo planejamento para recursos financeiros, controlar insumos, administrar todos os setores do hospital. Além de inúmeros desafios, todos os dias.
O gestor hospitalar teve sua capacidade de administrar testada todos os dias na pandemia, mesmo diante a todas as incertezas ainda, temos uma longa jornada. A possível segunda onda ou o aumento de casos novamente, veio para confirmar o inesperado.
Por outro lado, este cenário apontou a resiliência do setor da saúde brasileira, do SUS, dos hospitais privados e toda a cadeia para um único objetivo: salvar vidas.
Potencializou a força do cuidado, da prevenção, atenção primária, adiantou tendências como, por exemplo, a telemedicina e evidenciou novos comportamentos até do paciente, que se tornou mais digital. Pandemia versus tendência. Pandemia versus comportamento. Pandemia versus novos tempos.
Tudo ainda é incerto. O que permanece é a luta diária pela vida e as lições que já tivemos neste 2020. Compartilho abaixo as principais.
* Planejamento é tudo, mas não é maior que uma pandemia;
* O agente principal para o sistema de saúde: pessoas x tecnologia;
* Telemedicina é a nova Medicina;
* Insumos: ampliar a rede de fornecedores pode protegê-lo (la);
* O caos não é maior que o desejo de uma boa gestão hospitalar;
* Inteligência emocional nas decisões é fundamental;
* Administrador hospitalar com atuação cada vez mais híbrida e com todos os stakeholders da instituição da saúde;
* A VIDA é soberana: sempre
Sobre o autor:
Anderson Souza – administrador especialista na área hospitalar, atuante no Madrecor Hospital – Uberlândia (MG)