O Instituto Butantan recebeu mais 1,5 milhão de doses da CoronaVac nesta quarta-feira (30). As vacinas, que vieram em voo da China com escala em Zurique, foram recebidas pelo governador João Doria (PSDB) no aeroporto de Cumbica por volta das 5h30 da manhã.
Ao todo, o Instituto Butantan tem quase 11 milhões de doses prontas para iniciar a imunização da população. Na segunda-feira (28), outras 500 mil doses já haviam sido enviadas pela Sinovac de Pequim.
O pedido de registro definitivo e autorização de uso emergencial da CoronaVac foi apresentado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na quarta-feira (23), junto com solicitações ao órgão regulador chinês. A Anvisa estipulou um prazo de dez dias para dar um parecer sobre o uso emergencial. Já o registro sanitário é mais demorado.
Nas redes sociais, o Doria comemorou a chegada do último lote previsto para 2020. "Temos agora 10 milhões e 800 mil doses da vacina em solo brasileiro. São Paulo trabalha com planejamento e senso de urgência para salvar vidas", postou o governador em seu Twitter.
Eficácia
A CoronaVac atingiu índice de eficácia superior ao mínimo recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e poderá ter o registro aprovado para imunização. Atendendo a um pedido da Sinovac, previsto contratualmente, o Butantan encaminhou a base primária de dados da fase 3 dos testes clínicos realizados no Brasil em 16 centros de pesquisa, com cerca de 13 mil voluntários.
O objetivo, segundo o governo, é que os dados sejam comparados a resultados de pesquisas em outros países, evitando que a vacina tenha diferentes índices de eficácia anunciados. A avaliação deverá ser concluída em até 15 dias, contados desde 23 de dezembro, podendo ser antecipada. Na sequência, os resultados finais serão encaminhados à Anvisa e à National Medical Products Administration, da China.